Durante Seminário de Direitos Humanos, Coordenador do Caatinga fala sobre direitos negados à população do Araripe
“A
gente não quer só comida… A gente quer inteiro e não pela metade”. Foi
com o trecho da música de Titãs, que o Coordenador de Desenvolvimento
Regional e Políticas Públicas do Caatinga, Márcio Moura finalizou a
palestra sobre direitos no Araripe, proferida na manhã de hoje, 22, no
Centro Catequético Nossa Senhora de Fátima, em Ouricuri-PE, durante o
Seminário regional: Pernambuco pelos Direitos Humanos.
O
Coordenador trouxe dados e demandas colocados pelos Conselhos de
Desenvolvimento Rural Sustentável dos municípios do Araripe
Pernambucano, dos quais ele participa enquanto representante da
instituição, como acesso a água, moradia, saneamento básico,
alimentação, transporte e saúde. Além disso, ele salientou a necessidade
de uma ação efetiva de proteção à mulher no Araripe.
“No site
da Secretaria da Mulher do estado saiu a noticia: Vitória do Santo Antão
recebe delegacia especializada da Mulher, ai eu pergunto, por que no
Araripe, não? A gente pensa que só vai acontecer com os outros, mas isso
pode acontecer com a gente”, disse referindo-se aos últimos casos de
homicídio de mulheres ocorridos na região, a exemplo do de Yana Moura,
sua prima.
Foram
expostos ainda, dados sobre as tecnologias de convivência com o
Semiárido construídas na região. Segundo Márcio já são mais de 8 mil
cisternas construídas pelas Ongs Caatinga e Chapada no Araripe e parte
do São Francisco. “Em Santa Cruz, com a última chuva, mais de 100
cisternas captaram água para consumo e para produção através das
cisternas de placas. É isso que se faz necessário na zona rural. A
tecnologia social é o que tem que ser feito para que as famílias
agricultoras do semiárido vivam com mais dignidade”, argumentou em torno
da defesa da implantação de uma política de aceso água para as famílias
agricultoras.
O
Seminário contou com a presença do Secretário Executivo de Justiça e
Direitos Humanos do Estado, Paulo Morais, do Prefeito de Ouricuri, Cezar
de Preto, da Coordenadora do Fórum de Mulheres do Araripe, Francisca
Nunes, Prefeituras de Santa Cruz, Granito e Santa Filomena, além de
autoridades civis, judiciárias e executivas municipais e regionais.
(Ascom Ong Caatinga)
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