
Um grupo de
deputados insatisfeitos com a escolha do pastor Marco Feliciano (PSC-SP)
para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara
Federal decidiu criar uma frente parlamentar para debater o tema. Eles
acusam o novo presidente da comissão de racismo e homofobia por
declarações divulgadas pelo social-cristão em redes sociais.
Feliciano
também é acusado de intolerância racial e religiosa e tem sido alvo de
críticas e protestos após ser eleito presidente de uma comissão que tem,
como uma de suas principais atribuições, lidar com demandas de
homossexuais, prostitutas, negros e outras minorias.
Um dos
líderes do movimento, deputado Domingos Dutra (PT-MA), presidiu a
comissão no ano passado e abandonou o colegiado durante os protestos que
marcaram as sessões para eleição de Feliciano. "Foi ele [Feliciano]
quem declarou nas mídias sociais que a África é condenada porque foram
excluídos de Noé e, portanto, lá é uma praga, o negro é uma praga. Foi
ele quem disse que as pessoas do mesmo sexo que estão juntas são
responsáveis pelo ódio e pela violência", afirmou o petista ao
justificar a criação do movimento contrário ao pastor dentro da Câmara.
O
grupo deve se reunir amanhã para debater se continuam na comissão, se
questionam o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) ou
se levam o caso ao Supremo Tribunal Federal. "O pastor tem um projeto
que tenta anular a decisão do Supremo Tribunal Federal que validou a
união civil, ou seja, o pastor e seus amigos estão mais atrasados do que
a ONU, a OEA, o Supremo e o Poder Executivo Federal. O Poder
Legislativo deve estar na vanguarda e ele está na retaguarda", disse
Dutra.
Para criar uma Frente Parlamentar na Câmara são necessárias 157 assinaturas de deputados.(Fonte: Magno Martins)
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