O
atual prefeito de Bacuri (MA) Richard Nixon (PMDB), eleito vice-prefeito nas
eleições de 2012 e que está substituindo o prefeito Baldoíno (PP) no cargo, e o
ex-prefeito de Marajá do Sena (MA) Perachi Roberto Farias foram presos
temporariamente na manhã desta terça-feira (5), nas operações "Morta
Viva" e "Marajá", que investiga crimes de agiotagem nos dois
municípios maranhenses. Também foram presos o contador municipal José Epitácio
Muniz (dono de empresas de fachada que operavam no esquema, segundo a polícia)
e o empresário Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido como
"Pacovan".
A polícia também confirmou as conduções coercitivas de Rui
Clemêncio Barbosa, que seria "laranja" em negócios da Prefeitura de
Zé Doca (MA), e de Francisco Jesus Silva Soares, que é empresário emissor de
notas para os municípios de Zé Doca e Marajá do Sena. "A operação está
sendo realizada simultaneamente na capital e no interior do Estado. São duas
operações, a ´Morta Viva´ e a ´Marajá´, com base no perfil dos nossos
investigados. Informações sobre apreensões e prisões serão dadas na coletiva de
impresa que será realizada às 15h, na Secretaria de Segurança", disse o
delegado-geral de Polícia Civil Augusto Barros. Após as prisões, realizadas por
homens da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco), os suspeitos foram encaminhados para a sede da
Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). Operação Imperador
No dia 31 de março, foi presa a ex-prefeita de Dom Pedro Maria Arlene Barros.
Segundo a polícia, mais de R$ 5 milhões foram desviados da prefeitura entre
2009 e 2012. A suspeita é que o esquema teria desviado um total de R$ 100
milhões de 42 prefeituras do Maranhão. No dia 1º, Eduardo Costa Barros, filho
da ex-prefeita mais conhecido como "Eduardo Imperador", se apresentou
na sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). Segundo
a polícia, em nome de Eduardo e de pessoas ligadas a ele, existem, pelo menos,
dez empresas, a maioria no ramo de construção civil e locação de máquina. As
empresas seriam usadas para fraudar licitações e desviar dinheiro da prefeitura
de Dom Pedro. Eduardo nega que tenha tantas empresas e que tenha sido
beneficiado. Os dois foram liberados seis dias após a prisão. Entenda As
operações "Morta Viva" e "Marajá", assim como a
"Imperador", são desdobramentos da "Operação Detonando",
realizada em 2012 após o assassinato do jornalista Décio Sá. Na ação, foram
presos os empresários Gláucio Alencar e José Miranda, pai e filho acusados de
mandar matar o repórter e de comandar um esquema de agiotagem no Estado. Na
época, a polícia descobriu que o que motivou o assassinato foi uma postagem, no
"Blog do Décio", referente à morte do agiota Fábio Brasil, no Piauí.
Na operação, foram apreendidos carros de luxo, máquinas pesadas como tratores,
documentos e descoberta uma conta com saldo de mais de R$ 5 milhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário