A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (13) uma proposta de mudança no fator previdenciário, que é o cálculo utilizado para a concessão de aposentadorias. A alteração foi incluída como emenda (proposta de mudança) ao texto da MP 664, que restringe o acesso à pensão por morte, aprovada por 232 votos a favor, 210 contra e duas abstenções.
Atualmente,
o fator previdenciário reduz o valor do benefício de quem se aposenta
por tempo de contribuição antes de atingir 65 anos (nos casos de homens)
ou 60 (mulheres). O tempo mínimo de contribuição para aposentadoria é
de 35 anos para homens e de 30 para mulheres.
A alteração aprovada propõe a chamada fórmula 85/95, pela qual o trabalhador se aposenta com proventos integrais (com base no teto da Previdência,
atualmente R$ 4.663,75) se a soma da idade e do tempo de contribuição
resultar 85 (mulheres) ou 95 (homens). Para professoras, de acordo com a
emenda, a soma deve ser 80 e para professores, 90. Se o trabalhador
decidir se aposentar antes, a emenda estabelece que a aposentadoria
continua sendo reduzida por meio do fator previdenciário.
Críticas do governo e do PT
O
governo e o PT fizeram reiterados apelos para que a emenda fosse
rejeitada. A proposta do Executivo é que o tema fosse debatido em um
fórum, a ser criado, composto por representantes de sindicatos e
aposentados.
“O governo tem consciência de que tem que buscar uma solução”, reconheceu o líder do governo na Câmara,
José Guimarães (PT-CE). Em nome do Planalto, ele pediu aos demais
líderes da base aliada um prazo de 180 dias. “Nos últimos dias, demos
todas as garantias de que, em 180 dias, vamos apresentar uma proposta
global que inclui não só o fator como também a idade mínima”, afirmou.
O
líder do PT, Sibá Machado (AC), foi ao microfone insistir no acordo
fechado mais cedo entre as lideranças da base governista, durante
reunião conduzida pelo vice-presidente da República, Michel Temer, para
rejeitar a emenda.
“Precisamos encontrar uma solução definitiva
para esse problema”, disse Sibá, acrescentando que a discussão tinha de
ocorrer dentro de um fórum.
Autor da emenda, o deputado Arnaldo
Faria de Sá (PTB-SP) ressaltou que apresentou a sugestão no início do
ano e que, até agora, o governo não havia feito nada. “Não dá mais para
esperar. A emenda é para diminuir os danos do fator previdenciário”,
declarou.
A Câmara ainda precisa concluir a votação das demais
sugestões de alteração da medida provisória. Após a aprovação da redação
final, o texto seguirá para o Senado.
JORNAL ONLINE ARARIPE INFORMADO
OPINIÃO PESSOAL
1) A mudança não trará mudanças significativas para a população em geral, vez que só beneficia uma parcela mínima da população que se aposenta com base no teto (menos de 3%);
2) O segurado só reduz (aplicando a regra da fórmula 85/95) o tempo de serviço em 5 anos;
Mais uma vez o governo promove uma maquiagem travestida de avanço, cada dia que passa mais desrespeito aos nossos direitos Sociais alcançados (mesmo que apenas no papel) ao longo do tempo.
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