O alemão Markus Müller, morador do apartamento onde houve uma explosão em São Conrado, na Zona Sul do Rio, na segunda-feira (18), disse aos médicos, assim que chegou ao hospital, que foi torturado por um assaltante e que esse criminoso teria feito ameaças de explodir o apartamento. O diretor do Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, para onde o alemão foi levado depois da explosão, disse que ele chegou à unidade agitado e repetindo a mesma história. A informação foi exibida no RJTV desta quinta-feira (21).
"Ele disse que um homem teria entrado no apartamento querendo um relógio Rolex dourado, querendo dinheiro e ficou durante a noite torturando com uma faca, provocando lesões pelos braços e pelo corpo e que depois disso tudo ameaçou que ia explodir tudo”, disse o diretor do Miguel Couto, Luiz Alexandre.
O alemão contou um outro detalhe: “Ele teria dado uma bebida avermelhada para ele antes de dizer que iria explodir tudo. A equipe médica pensa em duas hipóteses: ou realmente a história é verdadeira ou ele teve algum tipo de surto psicótico”, explicou o médico.
O diretor do Hospital Miguel Couto não descarta a possibilidade de ele ter sido esfaqueado. "Eram lesões longitudinais, superficiais e não eram de explosão, lembra muito uma arma branca, faca, compatível com a história que ele conta. Agora se foi provocado por alguém, é muito difícil saber, a polícia está investigando.”
Porteiros depõem
Os dois porteiros que trabalhavam na madrugada da explosão afirmaram em depoimento que o alemão chegou sozinho em casa e não recebeu visitas. A polícia encontrou facas no apartamento e apreendeu o material para ver se elas são compatíveis com os ferimentos. Os investigadores também querem descobrir por que apenas o corpo do alemão pegou fogo na explosão se não há nada queimado no resto do apartamento.
Os dois porteiros que trabalhavam na madrugada da explosão afirmaram em depoimento que o alemão chegou sozinho em casa e não recebeu visitas. A polícia encontrou facas no apartamento e apreendeu o material para ver se elas são compatíveis com os ferimentos. Os investigadores também querem descobrir por que apenas o corpo do alemão pegou fogo na explosão se não há nada queimado no resto do apartamento.
A polícia investiga o motivo de o consumo de gás no apartamento aumentar drasticamente nos seis dias que antecederam a explosão. Do dia 12 ao dia 18 de maio foram consumidos 30 metros cúbicos de gás, quando a média mensal era de seis metros cúbicos. A Ceg informou que esse aumento reforça a tese de que o rabicho do aquecedor foi retirado da parede e que o acidente não foi provocado por falta de manutenção.
O alemão Markus Muller está internado, em estado grave no Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.
Foto: G1Chamas em movimento eram vítima, diz peritoLuciano Ferrari, funcionário da obra do metrô, em São Conrado, gravou um vídeo minutos depois da explosão. Nele é possível ver um clarão dentro do apartamento e logo depois um foco de incêndio aparece na varanda do décimo andar e parece se movimentar. A pedido do RJTV, o perito Nelson Massini, coordenador do Laboratório de Ciências Forenses, da Uerj, analisou o vídeo.
“A chama está se movimentando e a única coisa que pegou fogo naquele ambiente foi ele com as vestes que usava. Podemos dizer que foi ele mesmo que saiu e circulou, veio para a varanda, voltou e sentou naquela cadeira depois da explosão”, disse o perito.
Fonte: G1
Publicado por: Simone Gomes
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