Eduardo repete o mantra: ''2014 só em 2014''
O
governador Eduardo Campos (PSB-PE) tem recorrido à ironia quando falam
de sua candidatura à Presidência em 2014. Ontem, usou o Carnaval para
negar essas especulações: "Vi num bloco um grupo de adolescentes
vestindo a camiseta dizendo: 'Eu já nem estou atendendo o telefone,
imagine ligando'". Aos
risos, Campos repetiu à Folha aquilo que ele próprio pronuncia feito
mantra desde que entrou no rol de prováveis candidatos ao Planalto:
"O
PSB não tem que fazer a discussão sobre 2014 durante 2013. O que
precisamos agora é ajudar a presidente Dilma no Congresso e em seu
esforço de retomar o crescimento econômico; não ficar se perdendo em
conjecturas."
A
frase casa com a avaliação de uma ala majoritária do partido, segundo a
qual seria um erro colocar o bloco na rua neste momento. "2014 deve ser
tratado em 2014", afirmou ontem o líder do PSB no Senado, Rodrigo
Rollemberg.
Eis
algumas das razões: não interessa transformar Campos em foco prematuro
de rivais; não vale a pena romper agora com o Executivo; é preciso medir
como evoluem a economia e a popularidade da presidente Dilma.
A
entrada do governador na bolsa de apostas transformou-o em uma das
principais atrações da sucessão. Foi por isso que Lula resgatou a ideia
de ter o aliado como vice de Dilma. É um projeto polêmico, com
resistência sobretudo no PMDB, dono da vaga.
"Tenho
visto muita notícia na imprensa, mas não me preocupo; amanhã vou saber o
que Lula pensa na imprensa", ironizou o governador. (Informações da Folha de S.Paulo - Natuza Nery e Gabriela Guerreiro)Magno Martins
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