terça-feira, 16 de abril de 2013

Ministros de Dilma maquiam agendas e usam jatinhos da FAB para compromissos pessoais


Do início da gestão Dilma Rousseff até fevereiro deste ano, ele esteve à bordo das aeronaves oficiais 469 vezes, somando 746 horas no ar. A média mensal de quilômetros voados por Padilha dentro do País marca cerca de 20 mil km. Para comparar, a distância média por mês percorrida pela ex-secretária de Estado Hillary Clinton em jatos da Casa Branca foi de 32 mil km pelo mundo inteiro.

Ocupa o segundo lugar no "pódio" o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ele decolou 353 vezes a bordo da frota da Aeronáutica, muitas vezes para destinos onde não teve compromissos de sua pasta. Sua viagem deste ano para o carnaval paulistano é um exemplo: ida e volta taxiados pela Força Aérea, no período que coincidiu com sua passagem pelo camarote no Anhembi.

Em terceiro lugar aparece o titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Das 317 viagens na esquadrilha privê, 170 foram para Belo Horizonte, capital do Estado onde ele pretende disputar a eleição para governador em 2014.

Já os voos da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que ocupa a 9.ª posição na lista, chamam a atenção porque 80% dos deslocamentos partiram ou rumaram para Florianópolis, onde ela mantém residência fixa. Na maioria das vezes é para passar fins de semana.

Procurador do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), Marinus de Vries Marsico diz que práticas do tipo são "absolutamente despropositadas". "Não me custaria pedir uma investigação sobre esses casos, porque é o uso da máquina pública para privilegiar um partido em detrimento de outros." Ele afirma que, embora não seja ilegal, requerer estrutura pública apenas para voltar para o Estado de origem, com finalidade privada, não está em consonância com o princípio da moralidade. "A FAB não é táxi aéreo e o ministro que quiser visitar sua casa deveria embarcar em um voo de carreira, como qualquer outro cidadão", comenta.

Entre os auxiliares de Dilma, há quem destoe do comportamento padrão. O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, que não voou nenhuma vez em aviões federais, diz preferir a aviação comercial porque pode ser reservada com mais antecedência e a preços mais baixos. "Considero que, se o trajeto de avião de carreira sair mais barato e não houver impedimento para usá-lo, essa opção é a mais recomendável."

Fonte: Estadão
Jornal Online Araripe Informado

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