Brasília Um índio terena foi morto e ao menos três ficaram feridos
durante uma ação de reintegração de posse de duas fazendas localizadas
na cidade de Sidrolândia (MS), a cerca de 60 quilômetros da capital
sul-mato-grossense, Campo Grande.
De acordo com o Hospital
Beneficente Elmíria Silvério Barbosa, o índio, de 35 anos, morreu por
volta das 9h30 de hoje (30). Os outros três índios levados ao hospital
tiveram ferimentos leves. O Conselho Indigenista Missionário (Cimi)
informou que o índio morto se chamava Osiel Gabriel e foi ferido à bala.
Imagem de Índio com arma de grosso calibre atirando contra policiais
Ainda era madrugada quando policiais federais e militares chegaram para cumprir a ordem judicial de reintegração de posse e retirar os índios da fazenda Buriti, ocupada desde o último dia 15. A propriedade pertence ao ex-deputado estadual Ricardo Bacha.
Ainda era madrugada quando policiais federais e militares chegaram para cumprir a ordem judicial de reintegração de posse e retirar os índios da fazenda Buriti, ocupada desde o último dia 15. A propriedade pertence ao ex-deputado estadual Ricardo Bacha.
A reintegração de posse foi autorizada ontem (29) à tarde, pelo juiz
substituto da 1ª Vara Federal de Campo Grande, Ronaldo José da Silva,
após reunião entre os índios e os donos das fazendas, inclusive Bacha.
Segundo a Polícia Federal, os índios resistiram à ação policial.
Informações preliminares, ainda não confirmadas pela PF, dão conta de
que a sede da fazenda chegou a ser incendiada, antes do confronto.
De acordo com o Cimi, a fazenda fica no interior da Terra Indígena
Buriti, declarada pelo Ministério da Justiça como de ocupação
tradicional, em 2010. Dos 17 mil hectares reconhecidos, os índios ocupam
hoje apenas 3 mil hectares (um hectare corresponde a 10 mil metros
quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial).
Uma
primeira tentativa de desocupar a área foi abortada pela PF no último
dia 20, quando os índios também resistiram à ação policial determinada
pela Justiça que, diante do conflito, suspendeu a ordem de reintegração
até que proprietários e índios realizassem reunião de conciliação. A
reunião aconteceu ontem (29) e, como não houve acordo, o juiz Ronaldo
José da Silva autorizou a desocupação da propriedade.
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