Para oposição, Governo
Paulo Câmara é “menos do mesmo”
No
balanço dos 100 dias de gestão, parlamentares da bancada apontaram paralisia do
Governo
A Bancada de Oposição na Assembleia
Legislativa realizou na manhã desta quinta-feira (09) uma coletiva de imprensa
para apresentar um balanço do trabalho do grupo e também uma avaliação dos
primeiros 100 dias do Governo Paulo Câmara.
Resgatando as iniciativas tomadas pela
bancada ao longo dos últimos meses, a exemplo de audiências públicas sobre a
crise do sistema prisional e os problemas do Estado com as Parcerias
Público-Privadas (PPPs), os parlamentares exaltaram a importância para a
sociedade de uma oposição fiscalizadora e propositiva. “Ao longo dos últimos
meses tivemos a preocupação de criar vínculos cada vez mais fortes com a
sociedade civil organizada. Estamos dialogando com entidades ligadas à
educação, saúde, segurança pública, o próprio Ministério Público de Pernambuco,
entre outros. Queremos ouvir a todos para termos uma atuação sintonizada com as
reais demandas da população”, afirmou o líder da bancada, Silvio Costa Filho
(PTB).
Ao falar sobre os 100 primeiros dias do
governo Paulo Câmara, os parlamentares lamentaram o fato da gestão ainda não
ter dado as devidas respostas aos graves problemas que o Estado enfrenta em
diversas áreas. Eles enfatizaram que o governo representa um projeto de nove
anos, mas que até as conquistas das gestões anteriores, a exemplo do Pacto pela
Vida, têm sofrido com a falta de condução adequada, com um déficit de liderança.
Em pouco mais de três meses, o Estado já contabiliza mais de 1 mil
assassinatos.
“Este governo não está conseguindo nem ser
o ‘mais do mesmo’. Ele exalta sempre as conquistas do passado, mas o que vemos
é que é um governo ‘menos do mesmo’. A gente não observa na administração de
Paulo Câmara nenhuma ação objetiva que fale para o futuro. O governo tem falado
sempre para o passado, do que fez, e não fala o que está fazendo e o que vai
fazer”, resumiu Silvio Costa Filho.
Na coletiva, os parlamentares elencaram as
dificuldades enfrentadas pelo Estado nos últimos meses e que se refletem na
vida da população. Citaram por exemplo o déficit de R$ 2,061 bilhões e os
restos a pagar mais de R$ 300 milhões, o que significa que o Estado está devendo
a empresas que fornecem serviços em áreas como construção civil e
terceirização.
Vice-líder da bancada, a deputada Teresa
Leitão (PT) diz que infelizmente o governo sinaliza hoje com aumento zero para
os servidores públicos do Estado e que o governador tem frustrado as expectativas
de diversas categorias, a exemplo dos professores. “Ele prometeu dobrar o
salário dos professores em quatro anos. E o que vemos é que, ao se completar
100 dias de governo, a categoria está em estado de greve, indignada com um
reajuste que atendeu a menos de 10% dos docentes e excluiu mais de 90%”,
avaliou.
O deputado Edilson Silva (PSOL) lembrou da
paralisia do governo na área de mobilidade urbana e da ineficiência no sistema
carcerário do Estado, que classificou de desumano. O parlamentar relatou que
esteve na manhã desta quinta-feira no Túnel da Abolição, no Recife, e que
constatou sérios problemas estruturais na obra, como infiltrações. “Diante
disto, não é verdade que o Túnel da Abolição esteja em fase de testes. Ele não
está em condições de uso”, frisou.
A bancada de oposição na
Assembleia Legislativa é composta por treze parlamentares. São eles: Sílvio Costa Filho (PTB), Teresa Leitão (PT),
Álvaro Porto (PTB), Socorro Pimentel (PSL), Augusto
César (PTB), Edilson Silva (PSOL), José Humberto (PTB), Julio Cavalcanti (PTB),
Manoel Santos (PT), Odacy Amorim (PT), Ossesio Silva (PRB), Pedro Serafim Neto
(PDT) e Romário Dias (PTB).
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