O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou aos dez vereadores de Caruaru, afastados pelas Operações Ponto Final I e II, que disponibilizem os gabinetes na Câmara Municipal para os suplentes em exercício.
Além de recomendar a abstenção das atribuições do cargo de vereador para os afastados, também recomendou ao presidente da Casa, vereador Leonardo Chaves, que impeça que pessoas estranhas à administração pública utilizem os gabinetes, especialmente se foram enviadas pelos vereadores afastados.
De acordo com a recomendação conjunta dos promotores Bianca Stella Azevedo e Marcus Alexandre Tieppo, quatro vereadores suplentes nomeados compareceram à 2ª Promotoria de Justiça de Caruaru, declarando que desde a posse dos cargos estão impedidos de exercer suas funções de forma plena pois não têm acesso aos gabinetes dos vereadores afastados, embora tenha procurado os mesmos solicitando as cópias das chaves.
Em entrevista a uma emissora local, após ser notificado sobre a recomendação, o presidente da Câmara, Leonardo Chaves (PSD), informou que os dez vereadores afastados irão entregar as chaves dos espaços que funcionam na Casa Jornalista José Carlos Florêncio.
Leonardo Chaves declarou que estava encontrando resistência de alguns titulares, que se negavam a desocupar os gabinetes, pois entendiam que mesmo afastados, tinham direito a utilizar os gabinetes.
“Eu já tinha emitido uma circular para que os vereadores afastados devolvessem as chaves. A maioria decidiu devolver e poucos não aceitaram. Os suplentes foram ao Ministério Público e houve essa recomendação. Tentei fazer a mediação para que não tivéssemos que ir à justiça, mas como alguns não aceitaram os suplentes acionaram o Ministério Público, que emitiu essa recomendação. Acredito que até a próxima quarta todas as chaves serão entregues e os gabinetes estarão à disposição dos que estão em exercício no mandato”, disse Leonardo.
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