Enquanto o PSDB vive disputa interna em torno da realização de prévias para decidir o nome do partido para presidência em 2014, o PT deu a largada para o processo eleitoral que definirá o novo presidente da legenda. Os seis candidatos ao posto estão reunidos nesta segunda-feira, 26, em São Paulo para o primeiro debate público. Ao todo, serão realizados 27 encontros até o próximo dia 11 de novembro, data da eleição.
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Em conversas com jornalistas antes do debate o secretário de comunicação do PT, Paulo Frateschi, alfinetou os tucanos: Eles (tucanos) nunca farão uma prévia. Decidirão o candidato do partido em um restaurante de um hotel com duas garrafas de vinho da região da Borgonha", ironizou.
Disputam o Processo de Eleição Direta (PED) o atual presidente nacional da sigla, deputado estadual Rui Falcão, o dirigente Markus Sokol, o deputado federal Paulo Teixeira (SP), e os dirigentes Renato Simões, Serge Goulart e Valter Pomar.
Paulo Frateschi disse ainda que o cadastro do PT, ao contrário do PSDB, está atualizado. "Nossos filiados têm documento, endereço e telefone", completou o secretário Nacional de Organização do partido, Florisvaldo Souza. Na semana passada, o Estado mostrou que,segundo dirigentes tucanos, não chega a 200 mil o número de partidários com algum tipo de vida orgânica na legenda. A falta de organização poderia complicar ainda mais uma eventual votação dentro da sigla, pedido defendido pelo grupo ligado ao ex-governador José Serra. O grupo ligado ao senador Aécio Neves (MG) aposta na escolha pelo nome do senador sem a necessidade de disputa.
Mensalão. Os dirigentes petistas reconhecem que o PED começa em um momento delicado para o partido devido à etapa final do julgamento do mensalão em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). "Estaremos muito expostos. Vamos sofrer um momento de pressão, mas vamos mostrar a verdadeira face do julgamento. Vamos para a base mostrar nossa posição", afirmou Frateschi.
Segundo o secretário de comunicação, os réus do mensalão não estão inscritos na chapa que concorrem ao PED por opção própria. "O (ex-ministro José) Dirceu foi consultado e disse que não queria ficar. O (ex-deputado José) Genoino abriu mão e o (deputado) João Paulo Cunha está terminando curso de direito", explicou Frateschi. Nenhum dos três está presente no debate desta segunda.
Por fim, Frateschi afirmou que Dirceu "não precisa de nenhum cargo" para fazer política. "O Dirceu tem influência muito grande no partido." Os recursos apresentados pela defesado ex-ministro devem ser analisados nesta semana pelo STF.
No primeiro bloco do debate, os candidatos de correntes consideradas mais radicais do PT criticaram o julgamento do mensalão e pediram a restrição das alianças para 2014. O dirigente e candidato Serge Goulart chegou a pedir que o PT não se alie com PMDB, PDT e PSB.
Fonte: O Estadão
Jornal Online Araripe Informado
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