sábado, 31 de agosto de 2013

Procurador do PI abre inquérito para apurar apagão no Nordeste

O blecaute foi causado por uma queimada ocorrido na fazenda Santa Clara, no município de Canto do Buriti.


A Procuradoria da República no Piauí informou nesta sexta-feira (30) que instaurou inquérito civil para apurar as causas do apagão ocorrido na última quarta-feira (28) em todo o Nordeste e parte do Paraná. O Ministério das Minas e Energias informou que o blecaute foi causado por uma queimada na fazenda Santa Clara, no município de Canto do Buriti, a 313 km de Teresina.

O inquérito foi instaurado pelo procurador da República no Piauí, Antônio Marcos Martins Manvailer, que atualmente é chefe do Ministério Público na cidade de Picos (PI).

Em nota, a Procuradoria da República informou que o Marcos  Manvailer pediu informações à Diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e à Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama). Segundo assessoria do MPF, o procurador quer saber as medidas adotadas na apuração das causas da interrupção de energia. 

O Ibama informou ontem que enviou peritos para investigar as causas do blecaute. O laudo deverá sair em 30 dias. Informações do ONS (Operador Nacional do Sistema)  é que o primeiro desligamento ocorreu às 14h58 na ligação entre Ribeiro Gonçalves e São João do Piauí. A linha é operada pela IENNE, empresa controlada pela espanhola Isolux. A segunda interrupção foi às 15h08. Essa linha é operada pela Taesa, empresa controlada pela Cemig.

“O procurador da República juntou diversas reportagens jornalísticas que narraram sobre o apagão que ocorreu no Nordeste para instruir o inquérito. Nelas, existem declarações em que o Ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vinculam a interrupção nas linhas de transmissão a um incêndio ocorrido em uma fazenda no município de Canto do Buriti”, diz nota.

A assessoria informa ainda que para o procurador Antônio Manvailer é “um fato de tal envergadura que não pode ocorrer corriqueiramente”. 

“O procurador da República destaca a necessidade de o MPF investigar qual a real causa do referido apagão e, diante disso, tomar as providências necessárias para evitar novas ocorrências, bem como, caso identificados, tomar as medidas atinentes em relação aos responsáveis pelo evento ocorrido”, finaliza a nota.

Fonte: Cidade Verde
Foto: IBAMA
Postada por: Mayara Gondra

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