terça-feira, 23 de julho de 2013

GREVE: MÉDICOS PERNAMBUCANOS VÃO PARAR

Médicos pernambucanos paralisam atividades nesta terça




Os médicos pernambucanos das redes pública e particular vão parar as atividades nesta terça-feira (23) e farão um ato público às 9h30 em frente ao Hospital da Restauração, no Derby. Durante a manifestação, serão mantidos somente os atendimentos de urgência e emergência. Serviços como ambulatório, cirurgias agendadas e Programa de Saúde da Família ficarão suspensos. A parada faz parte do movimento nacional da categoria contra a falta de condições de trabalho e contra a Medida Provisória (MP) nº 621, que permite a contratação de médicos estrangeiros sem o Revalida, o exame de validação do diploma. Outras paralisações estão agendadas para os próximos dia 30 e 31.

A estratégia da categoria é desgastar o governo com paralisações de 24 horas para que a opinião pública não fique contra os médicos e minimizar os transtornos à população. Durante o ato público, será realizado um "enterro simbólico" do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. 

Além da importação de profissionais, a MP nº 621 tem causado polêmica, entre outros pontos, porque determina que os estudantes que ingressarem no curso de medicina a partir de janeiro de 2015, ao se formarem, deverão trabalhar dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS). Na assembleia geral da categoria no último dia 16, mais de 300 profissionais se reuniram na Associação Médica do Estado, e optaram pelo cruzar de braços esporádico. O presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto d'Ávila, foi categórico: "trazer médico estrangeiro sem revalidar o diploma é passar por cima da autonomia universitária. Essa MP tem inúmeras inconstitucionalidades".

De acordo com d'Ávila, os médicos não se negam a trabalhar nos locais mais afastados. Mas faltam condições de trabalho e uma carreira de estado que estimule os profissionais. Também foram votadas outras formas de protesto contra as ações do Governo Federal. Uma delas é a instituição de um grupo de trabalho para construir um canal de denúncia da falta de estrutura das unidades de saúde.

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