quinta-feira, 25 de julho de 2013


A bola agora está com o Ministério Público - Folha de Pernambuco (Política)


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Irregularidades apontadas pelo TCE serão analisadas
A possibilidade da existência de irregularidades em dois contratos celebrados entre o Governo do Estado e a empresa Ideia Digital, suspeita de superfaturamento em acordos firmados, em 2010, com a Prefeitura de João Pessoa, será analisada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A instituição, com base em um relatório produzido pela Política Federal (PF) sobre o caso, poderá, constatando a necessidade, abrir um processo de investigação específico sobre a atuação da empresa em solo pernambucano. Ontem, o procurador Fernando Barros foi destacado para a realização dessa análise, que deverá levar em consideração auditorias realizadas por técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que já indicaram indícios de anormalidades nos contratos, que, somados, chegam a R$ 77,5 milhões.
A Folha de Pernambuco apurou que o inquérito (nº 95/12) produzido pela Polícia Federal não possuiria detalhes mais aprofundados sobre os termos dos contratos da Ideia Digital como Governo do Estado, uma vez que a investigação se baseou nas irregularidades verificadas nos acordos celebrados com a administração municipal de João Pessoa. O que justificou o encaminhamento do pedido para o MPPE aprofundar a análise, sobretudo porque a empresa também possui uma sede em Pernambuco. O pedido foi enviado ao Ministério Público na última sexta-feira, ficando cinco dias sem um procurador responsável.
A suspeita de superfaturamento nos contratos da Ideia com o Governo de Pernambuco ganhou uma repercussão nacional após o jornal Folha de São Paulo noticiar que os recursos desviados desses acordos alimentariam campanhas eleitorais do PSD e do PSB, destacando o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), como um dos supostos beneficiados. A mesma publicação ainda destacou que uma provável ligação da empresa com o Ministério da Ciência e Tecnologia, que foi comandado entre 2003 e 2005 pelo governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos. O gestor, inclusive, alegou interesse político na divulgação da denúncia.
O superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, negou que a investigação tivesse encontrado ligação da Ideia Digital com qualquer agente público, administrativo ou político, no Estado. Até onde foi investigado, não há citação de figura pública ou política nesse caso. O que há é o fato de a empresa, que foi investigada na Paraíba, ter também uma sede em Pernambuco, resumiu.

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