Dia da chegada do papa tem protestos e confrontos
Em sua primeira viagem internacional, o papa Francisco chegou nesta segunda-feira, 22, ao Rio para participar da Jornada Mundial da Juventude. O pontífice, cuja agenda inclui visita a Aparecida (SP) na quarta-feira, 24, fica no País até domingo, 28. No avião para o Brasil e se referindo aos protestos, o papa disse que sua visita ocorre em "momento oportuno". No começo da noite, manifestantes que faziam ato contra posições da Igreja, pelo Estado laico e contra o governador Sérgio Cabral entraram em confronto com a PM. Eles estavam no Largo do Machado, perto do Palácio Guanabara, onde o papa foi recebido por autoridades brasileiras. Francisco já havia deixado o local quando a confusão começou.
MINUTO A MINUTO
22h31
Em sua conta no Twitter, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) criticou a ação da Polícia Militar durante o protesto nos arredores do Palácio da Guanabara, sede do governo estadual do Rio. "Absurda prisão de cinegrafistas do #MidiaNinjadurante manifestação no Rio. Arbitrária e que fere o direito de Imprensa", publicou na rede social, por volta das 22h.
22h28
Policial militar fica ferido por causa de coquetel molotov durante protesto no Palácio da Guanabara, sede do governo do Estado do Rio de Janeiro. Depois que o papa Francisco deixou a sede do Executivo, manifestantes e PMs entraram em confronto.
21h58
A CET Rio informa que foi liberado o tráfego de veículos entre o Largo do Machado e a Rua das Laranjeiras, onde fica o Palácio Guanabara.
22h01
Vídeo mostra o momento em que um jornalista do grupo Mídia Ninja é preso. Ele estava em frente à 9.ª DP (Catete), apurando por que motivo outro colega do coletivo foi detido, quando foi abordado pelo tenente Puga. Ele disse que o jornalista era suspeito de incitar as manifestações e queria levá-lo para averiguações.
Uma advogada interveio e o tenente chegou a dizer que o repórter não estava detido e que poderia sair da delegacia se quisesse. Logo em seguida, o policial recebeu uma ligação e anunciou a
prisão do repórter. "O major Nunes mandou levar ele", afirmou. A detenção foi transmitida ao vivo. O telefone usado na transmissão foi apreendido. Em seguida, o policial anunciou:
"Quem passar mensagem pelo celular será preso".
Veja vídeos sobre a visita do papa publicados pela TV Estadão.
21h44
Vídeo publicado pela PM no Twitter mostra momento em que supostamente teria começado o confronto entre a Tropa de Choque e manifestantes. A corporação afirma que diversos policiais sofreram queimaduras com ataques de coquetel molotov; manifestantes, por sua vez, acusam a PM de realizar prisões arbitrárias, e informam nas redes sociais que uma pessoa foi vítima de um disparo de bala convencional durante a confusão.
21h36
A Polícia Militar do Rio informou que subiu para 5 o número de detidos no confronto entre manifestantes e a PM em protesto no entorno do Palácio Guanabara. Uma pessoa foi presa por desacato, três com coquetéis molotov e uma por atirar pedras em policiais, segundo a PM.
A vinda do papa inspirou cuidados especiais em relação à segurança, especialmente por conta da onda de protestos e confrontos na capital fluminense nas últimas semanas. Por esse motivo, um
Batalhão de Choque da PM acompanhou as manifestaçõesdesde o princípio nesta segunda-feira, 22.
21h17
Dois jornalistas do grupo Mídia Ninja que acompanhavam os protestos em frente aoPalácio Guanabara foram detidos. Um deles estava em frente à 9.ª DP (Catete), apurando por que motivo o colega foi detido, quando foi abordado pelo tenente Puga. Ele disse que o jornalista era suspeito de incitar as manifestações e queria levá-lo para averiguações.
Uma advogada interveio e o tenente chegou a dizer que o repórter não estava detido e que poderia sair da delegacia se quisesse. Logo em seguida, o policial recebeu uma ligação e anunciou a prisão do repórter. "O major Nunes mandou levar ele", afirmou. A detenção foi transmitida ao vivo. O telefone usado na transmissão foi apreendido. Em seguida, o policial anunciou: "Quem passar mensagem pelo celular será preso".
21h10
Segundo a assessoria de imprensa da OAB do Rio, dez advogados acompanham a manifestação desta segunda-feira no entorno do Palácio Guanabara, sede do governo do Estado, para evitar prisões arbitrárias. A entidade afirma que não há impedimentos ao trabalho da PM, como alegou a corporação em seu Twitter:"membros da OAB prejudicando o trabalho da Polícia Militar".
20h52
O estudante de medicina Fellipe Camisão, de 24 anos, disse que atendeu ummanifestante baleado na perna direita durante a manifestação que ocorreu na região do Largo do Machado, próximo à sede do governo do Estado do Rio, onde opapa Francisco foi recebido mais cedo.
"Ele estava com a namorada e foi baleado na perna. Não foi bala de borracha. Foi projétil de arma de fogo. Ele estava com hemorragia e estancamos o sangue. Nós estávamos correndo e depois que passamos pelo carro da polícia, ele percebeu que estava sangrando", disse Camisão. O ferido é farmacêutico e foi colocado em um táxi para buscar atendimento. A informação foi confirmada por um advogado do Grupo Habeas Corpus, da OAB, que tem acompanhado o protesto. (Felipe Werneck)
20h48
Segundo a Polícia Militar do Rio, um policial atingido por um coquetel molotovteve queimaduras no tórax e foi levado com urgência ao pronto-socorro. Outras duas pessoas foram presas pela Tropa de Choque assaltando quem participava da passeata. Com isso, sobe para quatro o número de detidos em decorrência da manifestação.
20h37
"Foi muito emocionante receber o papa Francisco no Guanabara. O primeiro papa latino-americano da história", disse o governador Sérgio Cabral (PMDB) às 20h15 em seu Twitter. O governador não se manifestou sobre o confronto entre a PM e manifestantes durante protesto no Largo do Machado.
Também no Twitter, o padre Federico Lombardi comunicou as primeiras impressões do papa no primeiro dia no Brasi:"O Papa gostou das pessoas se aproximando do carro. E não estava com medo, sempre sorrindo e acenando".
20h28
Veja imagem do momento da correria no Largo do Machado, quando começou o confronto entre policiais e manifestantes.
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