Com a proximidade do término do julgamento do mensalão e com poucas esperanças de reversão nas sentenças proferidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os deputados condenados começam a preparar a despedida do Congresso. José Genoino (PT-SP) deu entrada, na quarta-feira, ao pedido de aposentadoria por invalidez e, caso o benefício seja concedido, permitirá que ele receba integralmente o atual salário: R$ 26.763,13.
João Paulo Cunha (PT-SP) deve renunciar ao mandato tão logo o STF encerre a análise da Ação Penal 470. Valdemar Costa Neto (PT-SP) transferiu para Brasília o domicílio eleitoral e admitiu que pretende cumprir a pena na capital federal. Pedro Henry (PP-MT) é o único que mantém mistério, até mesmo para colegas mais próximos, do que pretende fazer.
Em tese, Genoino e João Paulo Cunha ainda têm direito aos chamados embargos infringentes, para os réus que tiveram quatro votos pela absolvição em algum julgamento, mas já articulam ações para deixar a vida pública. Foi o próprio Genoino quem deu entrada com o pedido de aposentadoria por invalidez. O requerimento será analisado por uma junta formada por médicos da Câmara. Não há prazo para a formação do grupo nem para a apreciação do pedido.
Genoino anexou ao requerimento um laudo feito pelo doutor Roberto Kalil, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para comprovar que sofre de uma cardiopatia grave. Em julho deste ano, o deputado petista teve que fazer uma cirurgia de emergência porque a aorta, principal artéria do corpo humano, estava abrindo em camadas. O pedido de aposentadoria dele não tem qualquer interferência no julgamento. Nós ainda esperamos que o Supremo volte atrás na condenação, disse ao Correio o advogado de Genoino, Luiz Fernando Pacheco.
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