O grupo foi indiciado por associação ao tráfico e ocultação de cadáver.
Imagem Ilustrativa
Após seis meses de investigação, policiais da delegacia da Elesbão Veloso, a 168 quilômetros de Picos, prenderam nove pessoas por envolvimento com tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e ocultação de cadáver. Entre os presos está Alessandro Bezerra de Carvalho, conhecido "Baixinho", 22 anos, que comandava o bando e, segundo a polícia, tramava o assassinato do delegado Odilo Sena, do promotor e do juiz do município.
“O baixinho conseguiu levar um celular até a cela onde ele estava preso no distrito e por meio desse telefone tentou arquitetar um plano para nos matar. Nós interceptamos essa informação e nos preparamos para o que pudesse acontecer. A coisa já estava praticamente com data marcada”, afirma Odilo que é o delegado titular da cidade.
Por conta da ameaça, o policiamento no DP e nas cidades de Valença, Barro Duro e região foi reforçado. “Toda a região estava atenta a qualquer tipo de investida. Inclusive, eles (criminosos) poderiam se dar muito mal porque todos nós estávamos esperando. Ainda como precaução, tiramos os suspeitos daqui (Elesbão Veloso) e mandamos para São Raimundo Nonato, Valença e Teresina”, relata.
Ao todo, foram presas nove pessoas, sendo que uma obteve liberdade provisória, e ainda existem dois suspeitos foragidos. Todos foram indiciados por tráfico de drogas, associação com o tráfico e ocultação de cadáver. Alessandro Bezerra também vai responder por homicídio.
Investigação
Odilo Sena conta que a investigação teve início após ele notar um aumento surpreendente de furtos, roubos e fraudes em Elesbão Veloso. Ações que contavam até com a participação de adolescentes. “A causa desse fenômeno era o vício. Como os viciados não conseguiam dinheiro, eles furtavam e roubavam. Essas pessoas estavam virando um exército de zumbis. Além de usar o crack, segundo informações do próprios traficantes, eles misturavam essa droga mais o oxi, o que aumentou o poder viciante do entorpecente”, relata.
A criminalidade aumentou e começou a ganhar atenção da polícia, mas os suspeitos eram cuidadosos: faziam de tudo para evitar caracterizar a prática do tráfico de drogas e recrutavam mendigos em Teresina para distribuir o produto ilegal. “Eles andavam com pequenas quantidades de crack e passaram a trazer mendigos. Jovens desamparados viciados que trabalhavam em troca de pedras de crack e de um pouco de dinheiro”, conta.
A sorte dos criminosos começou a mudar quando eles viraram suspeitos de matarem um dos viciados que trabalhavam para o grupo, crime ocorrido no dia 17 de julho. “Eles mataram um homem e jogaram o corpo na estrada a cinco quilômetros da cidade. Nós investigamos e os prendemos por isso. A organização do grupo chegava a tal ponto que desconfiamos que estavam se preparando para realizar sequestros”, finaliza.
O inquérito sobre os crimes cometidos pelas 11 pessoas envolvidas no bando foi concluído e todos foram indiciados. A polícia segue atrás do paradeiro de dois suspeitos que estão foragidos.
G1 PIAUÍ
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