"VÁ TOMAR NO ..." diz policial enquanto joga a jovem manifestante no camburão
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Por Roberto Numeriano, cientista político, jornalista, professor e militante do PSOL-PE
O governador de Pernambuco quer ser presidente da República. Faz tempo que a mosca azul lhe picou a veia imperial. É um desejo legítimo, não há dúvida. Mas a sua polícia militar (sim, polícia "dele", governador) é hoje uma das mais arbitrárias e ilegítimas instituições do Estado, desde os tempos da ditadura militar. Hoje, eu tenho medo dessa polícia, mas também já tive orgulho, pois à Polícia Militar estadual serviu com honra um tio-avô meu.
Essa polícia que faz livre-arbítrio de suas funções está acima das leis e sob os interesses de serviçais do poder, nunca de servidores do Estado democrático de direito. Essa polícia que "prende e arrebenta", exorbitando, excessivamente, dos seus deveres legítimos, torna-se ilegal e perigosa. Essa polícia que não se identifica na farda, que agride mulheres que se manifestam (chamando-as de putas), que, sob ordens arbitrárias, pode prender sem que algo dê motivo concreto para tanto; essa é a polícia do governador do Estado.
A história da Polícia Militar pernambucana está repleta de grandes serviços ao povo, em sua defesa cotidiana e nos eventos de calamidade (inclusive, com atos de bravura de seus praças e oficiais). Por isso mesmo, não deve e nem pode manchar-se com esses abusos, sobretudo abusos de quem se inspira em interesses políticos. Os policiais querem a PEC 300, que é uma demanda justa para recuperar seus salários, mas bons salários exigem maior profissionalismo.
Esse homem quer ser presidente da República? Talvez seja necessário, antes, vigiar (essas) suas polícias, às quais paga mal e, pelo visto, prepara mal.
Extraído do Blog do Jamildo
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