“(...) O gesto do PSB é a primeira manifestação importante de divisão no campo da esquerda que, desde 2003, governa o país. Além de ter história e uma bancada de médio porte no Congresso, o partido foi um aliado solidário dos governos do PT, inclusive em seus momentos mais críticos, como ocorreu na crise do mensalão, quando até mesmo eminentes próceres petistas voltaram as costas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O PSB é um partido em franco crescimento, como demonstraram as eleições de 2010, quando elegeu os governadores de seis Estados, sendo quatro deles (Pernambuco, Ceará, Paraíba e Piauí) no Nordeste, um celeiro de votos do atual campo governista. Nada mais legítimo, portanto, que o partido tenha a aspiração de eleger um de seus quadros presidente da República. Este quadro é o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, líder quase inconteste do PSB. Ao devolver os cargos, Campos fez sua maior cartada e o PSB demonstrou que é possível fazer política com alguma dignidade. Foi uma decisão autônoma, ética e responsável.”
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