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Como você sabe, no próximo domingo será celebrado o Dia das Mães aqui no Brasil. A data foi criada por decreto em 1932, estabelecendo que ela deveria ser comemorada todo segundo domingo de maio, e acabou se tornando uma tradição. Mas a verdade é que essa celebração surgiu muito, muito antes desse decreto, e nem tinha uma conotação tão comercial como a de hoje em dia.
O costume de homenagear as mães remonta da antiguidade, e existem registros de que os gregos homenageavam a mãe dos deuses — Reia —, enquanto que os romanos pagavam os seus respeitos à sua mãe divina correspondente, Cibele. Já no século XVI, os ingleses costumavam presentear as suas mães durante um cerimonial religioso — celebrado no 4° domingo da quaresma —, mas o costume acabou sendo transferido para o mês de maio.
Dia de uma única mãe
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No entanto, o Dia das Mães como é celebrado atualmente teve origem nos EUA, graças a uma mulher que lutou com todas as forças para que ele fosse criado e, depois, abolido. Antes de se tornar um dia para dar presentes, ramos de flores e cartões, essa data era reservada para que as mulheres chorassem os soldados caídos e lutassem pela paz.
Tudo começou com uma mulher chamada Ann Reeves Jarvis, que organizava grupos de mulheres que trabalhavam para melhorar as condições sanitárias da época e, assim, reduzir a mortalidade infantil, além de cuidar de soldados feridos durante a Guerra Civil norte-americana. Depois da guerra, Jarvis passou a organizar reuniões e piqueniques pacifistas — ou Dia das Mães —, incentivando as mulheres a adotar um papel mais politicamente ativo.
Filha dedicada
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Mas foi Anna, filha de Ann, quem transformou essa data no que ela é hoje. Anna ficou extremamente tocada pelo falecimento de sua própria mãe, passando a organizar homenagens que, pouco a pouco, acabaram se espalhando para outras cidades e estados norte-americanos. E os eventos foram se tornando tão populares que, em 1914, a data comemorativa foi oficializada.
Contudo, para Anna, esse era o dia para que todos fossem às suas casas passar o dia com as suas mães para agradecê-las por tudo o que elas significavam. Essa não era uma data para homenagear todas as mães, mas cada mãe, e Anna ficou profundamente perturbada quando percebeu que a festividade estava se transformando em uma mina de ouro e em uma comemoração de cunho comercial.
Comercialização da data
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Anna, então, passou a organizar boicotes, participar de protestos e a ameaçar iniciar processos, e inclusive foi presa por perturbar a ordem. Ela acabou gastando toda a sua herança e energia para abolir a celebração que ela havia criado anos antes, e apesar de ter podido lucrar absurdamente com a “comercialização” do Dia das Mães, Anna morrendo sozinha e sem um tostão em um hospital psiquiátrico aos 84 anos.
No Brasil, o Dia das Mães é a segunda data comemorativa mais lucrativa do ano, vindo depois apenas do Natal. Nos EUA, terra natal de Anna Jarvis, as vendas do ano passado foram estimadas em US$ 18.6 bilhões (cerca de R$ 38 bilhões), ou seja, indo totalmente em contra do que a criadora da data realmente desejava.
Curiosidades sobre o Dia das Mães:
Fonte: Mega Curioso
Postado Por: Leonardo Delmondes
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