sábado, 11 de maio de 2013

Cadáveres eram expostos como troféus, diz ex-agente da ditadura



Marival prestou depoimento à CNV
O ex-servidor do DOI-Codi de São Paulo Marival Chagas Dias do Canto prestou depoimento à Comissão Nacional da Verdade nesta sexta-feira, dia 10. Canto afirmou que, durante a gestão do ex-coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, cadáveres de militantes mortos em centros clandestinos de tortura eram exibidos como "troféus " a agentes do órgão.
Pelo menos em duas ocasiões eu assisti a isso. Eu não quero me ater a fatos anteriores a minha chegada lá, que foi em 1973. Acredito que era praxe. As pessoas importantes que eram mortas nas mais variadas circunstâncias eram levadas para lá. As pessoas eram expostas à visitação pública no órgão como um troféu, disse.
Ustra liderou o DOI-Codi de 29 de setembro a 23 de janeiro de 1974. Marival era analista do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna do II Exército em São Paulo de 1973 a 1975.
O coronel Brilhante Ustra também foi convocado a prestar depoimento e afirmou que a presidente Dilma Rousseff participou de quatro organizações terroristas com intenção de implantar o comunismo. Para ele, se os militares não tivessem lutado, o Brasil estaria vivendo uma ditadura do proletariado.

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