terça-feira, 18 de junho de 2013

Governo federal diz que não vai tolerar excessos durante os protestos

 
 PM espirra spray de pimenta em manifestante durante protesto no Rio

"Pimenta no do outros é refresco" deve ser este o sentimento da presidenta depois das vaias.

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) disse nesta terça-feira (18) que o governo federal apoia as manifestações pacíficas que vêm ocorrendo no país, mas não vai tolerar "excessos" como a tentativa de invasão do Congresso Nacional e o fechamento de ruas e avenidas em diversas cidades do país.
Responsável por dialogar com os manifestantes em nome do governo, Carvalho disse que o Palácio do Planalto monitora a ação da Polícia Militar, em contato constante com os governos estaduais, mas tem a determinação de não concordar com radicalismos.
"Não se invade o Congresso. Não se pode permitir que a Assembleia do Rio seja ocupada. Esse é o limite. Cabe ao governo zelar pela ordem nesse aspecto. A multiplicidade das expressões torna mais complexas as manifestações e revela que há grupos múltiplos, cada um com uma orientação diferente, que se juntam, mas que sua expressão é diversa", afirmou.
Carvalho disse que a força policial entrou em ação, e vai continuar a agir, para controlar atos de violência nas manifestações --como no caso de Brasília, no último sábado, quando os manifestantes teriam tentado impedir a entrada de torcedores no estádio Mané Garrincha para assistir à partida Brasil x Japão pela Copa das Confederações.
"São atos pacíficos, mas no final se jogaram no lago aqui, queimaram pneus no Mané Garrincha, tentaram impedir a entrada de torcedores no estádio. Foi neste momento que a força policial acabou agindo."
Em audiência na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, o ministro admitiu que o governo federal não conseguiu ainda entender as razões das sucessivas manifestações por terem um novo formato, diferentes dos tradicionais protestos do passado --em que havia carros de sons e lideranças identificadas para negociações.
Carvalho também afirmou que o novo modelo é "extremamente complexo", especialmente pela multiplicidade das manifestações em diversas cidades do país.
"Seria pretensão achar que a gente compreende o que está acontecendo. Temos que buscar entender a complexidade. São novas formas de mobilização que nós, da geração 70, 80 e 90 não conhecíamos. O advento das redes sociais, a vontade de participação que cresce e sai do Facebook para a prática e traz, como eles dizem, um novo repertório", disse o ministro.
Carvalho disse que a sociedade brasileira "não quer mais" algumas práticas políticas adotadas no país, como a construção de estádios milionários na Copa do Mundo localizados ao lado de hospitais públicos que não têm estrutura para atendimento da população.
"Dá impressão que a sociedade brasileira, nós superamos alguns obstáculos de democracia, de incluir muita gente, mas a sociedade quer mais. Na questão da mobilidade urbana, temos problema. A frota de ônibus de São Paulo é a mesma de sete, oito 8 anos atrás. Temos problema grave de transporte aqui em Brasília. A questão da Copa, temos que estar atentos. Se a gente não for sensível, se a gente se fechar a esse tipo de reivindicação, vamos na contramão da história. Temos que tentar entender e abrir canais de conversas", afirmou.
POLÍCIA
Sobre a ação da polícia nas manifestações, Carvalho elogiou nominalmente a PM de São Paulo no protesto realizado ontem, assim como os policiais de Brasília que acompanharam o ato em cima da cúpula do Congresso.
"O comportamento da PM em São Paulo foi exemplar até o final. Aqui em Brasília, aconteceu a mesma coisa. Houve problema no sábado, detectamos que havia uso das...
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