PM espirra spray de pimenta em manifestante durante protesto no Rio
"Pimenta no do outros é refresco" deve ser este o sentimento da presidenta depois das vaias.
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) disse
nesta terça-feira (18) que o governo federal apoia as manifestações
pacíficas que vêm ocorrendo no país, mas não vai tolerar "excessos" como
a tentativa de invasão do Congresso Nacional e o fechamento de ruas e
avenidas em diversas cidades do país.
Responsável por dialogar
com os manifestantes em nome do governo, Carvalho disse que o Palácio do
Planalto monitora a ação da Polícia Militar, em contato constante com
os governos estaduais, mas tem a determinação de não concordar com
radicalismos.
"Não se invade o Congresso. Não se pode permitir
que a Assembleia do Rio seja ocupada. Esse é o limite. Cabe ao governo
zelar pela ordem nesse aspecto. A multiplicidade das expressões torna
mais complexas as manifestações e revela que há grupos múltiplos, cada
um com uma orientação diferente, que se juntam, mas que sua expressão é
diversa", afirmou.
Carvalho disse que a força policial entrou
em ação, e vai continuar a agir, para controlar atos de violência nas
manifestações --como no caso de Brasília, no último sábado, quando os
manifestantes teriam tentado impedir a entrada de torcedores no estádio
Mané Garrincha para assistir à partida Brasil x Japão pela Copa das
Confederações.
"São atos pacíficos, mas no final se jogaram no
lago aqui, queimaram pneus no Mané Garrincha, tentaram impedir a entrada
de torcedores no estádio. Foi neste momento que a força policial acabou
agindo."
Em audiência na Comissão de Fiscalização e Controle
do Senado, o ministro admitiu que o governo federal não conseguiu ainda
entender as razões das sucessivas manifestações por terem um novo
formato, diferentes dos tradicionais protestos do passado --em que havia
carros de sons e lideranças identificadas para negociações.
Carvalho também afirmou que o novo modelo é "extremamente complexo",
especialmente pela multiplicidade das manifestações em diversas cidades
do país.
"Seria pretensão achar que a gente compreende o que
está acontecendo. Temos que buscar entender a complexidade. São novas
formas de mobilização que nós, da geração 70, 80 e 90 não conhecíamos. O
advento das redes sociais, a vontade de participação que cresce e sai
do Facebook para a prática e traz, como eles dizem, um novo repertório",
disse o ministro.
Carvalho disse que a sociedade brasileira
"não quer mais" algumas práticas políticas adotadas no país, como a
construção de estádios milionários na Copa do Mundo localizados ao lado
de hospitais públicos que não têm estrutura para atendimento da
população.
"Dá impressão que a sociedade brasileira, nós
superamos alguns obstáculos de democracia, de incluir muita gente, mas a
sociedade quer mais. Na questão da mobilidade urbana, temos problema. A
frota de ônibus de São Paulo é a mesma de sete, oito 8 anos atrás.
Temos problema grave de transporte aqui em Brasília. A questão da Copa,
temos que estar atentos. Se a gente não for sensível, se a gente se
fechar a esse tipo de reivindicação, vamos na contramão da história.
Temos que tentar entender e abrir canais de conversas", afirmou.
POLÍCIA
Sobre a ação da polícia nas manifestações, Carvalho elogiou
nominalmente a PM de São Paulo no protesto realizado ontem, assim como
os policiais de Brasília que acompanharam o ato em cima da cúpula do
Congresso.
"O comportamento da PM em São Paulo foi exemplar até
o final. Aqui em Brasília, aconteceu a mesma coisa. Houve problema no
sábado, detectamos que havia uso das...
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