Como aconteceu na primeira derrota da Espanha para Holanda na semana passada, a eliminação dos espanhóis na Copa do Mundo no Brasil foi mais uma vez marcada por ofensas de torcedores contra brasileiros e sulamericanos.
 
Após a derrota de 2 a 0 contra o Chile, torcedores espanhóis voltaram a usar as redes sociais para xingar brasileiros e chilenos, em gestos pra lá de racistas.
 
Usando adjetivos pejorativos como “macacos” e “maricas”, um pequeno grupo de espanhóis voltou a fazer provocações principalmente contra o Brasil, que sedia o mundial de futebol.
 
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Por pedido do governo brasileiro, a Copa do Mundo no Brasil foi batizada pela FIFA de a “Copa contra o Racismo”. 
 
Apesar disso, vários episódios de preconceito racial já foram registrados nas redes sociais e no mundo real.  
 
Dois torcedores argentinos foram detidos por gritar insultos racistas contra dois brasileiros dentro do Maracanã, no Rio de Janeiro, no último domingo, durante a vitória de 2 a 1 da Argentina contra a Bósnia, pelo Grupo F da Copa do Mundo.
 
Os dois turistas argentinos estariam gritando insultos racistas a brasileiros durante toda a permanência no estádio, segundo a Polícia Civil fluminense. Eles foram levados para a delegacia, onde foram interrogados e liberados.
 
O jornal Estado de S.Paulo noticiou que um homem e seu filho relataram o abuso à Polícia Militar fora do estádio. A polícia suspeita que os argentinos façam parte de um pequeno grupo que entrou no Maracanã escalando as paredes do estádio.
 
Após a vitória do Brasil sobre a seleção da Croácia por 3 a 1, na estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014, alguns internautas brasileiros desancaram a xingar o jogador Marcelo nas redes sociais, em virtude do gol contra feito por ele na partida. 
 
Frases como "tinha que ser preto", “tira esse preto do jogo” e "se fosse branco não faria uma merda dessas", foram lamentavelmente reproduzidas em várias redes sociais.
 
Através do Twitter, a presidente Dilma chegou a comentar na abertura da Copa sobre a tentativa do Brasil de dar exemplo ao mundo contra o racismo. Eka pediu mais tolerância de turistas de todo o mundo nesta campanha. 
 
“Para o Brasil, sediar a Copa do Mundo é motivo de satisfação, de alegria e de orgulho e, em nome do povo brasileiro, saúdo a todos que chegaram e estão chegando para esta que será, também, a Copa pela paz e contra o racismo; a Copa pela inclusão e contra todas as formas de violência e preconceito; a Copa da tolerância, da diversidade, do diálogo e do entendimento”, escreveu a presidente Dilma.
 
Os episódios de racismo aqui e lá fora acontecem meses após o jogador brasileiro Daniel Alves causar um furor na mídia internacional, ao comer uma banana jogada contra ele por um torcedor do Villareal, em jogo contra o time do Barcelona, na Espanha.

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