No dia em que a polícia resolveu não se pronunciar mais sobre as investigações a respeito da morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, de 36 anos, executado na última segunda-feira (16), familiares do suspeito quebraram o gelo. Defenderam a inocência do irmão e disseram ter provas de que ele não estava presente no momento do crime. A noiva da vítima, a advogada Mysheva Martins, também esteve na Delegacia de Águas Belas para prestar depoimento.
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Durante a manhã, familiares de Edmacy Cruz Ubirajara estiveram na delegacia e defenderam a inocência de um dos homens apontados como assassinos do promotor. "Estou sentindo uma dor no coração que não desejo a ninguém. Meu irmão é inocente. Estamos sendo vítimas de calúnia e jogo sujo. Meu irmão se tornou um ícone para justificar a competência da Polícia Civil, que é ineficiente", desabafou o irmão do detento Carlos Ubirajara, de 60 anos. Segundo o parente, existem provas de que Edmacy não participou da execução. "Tenho uma prova, um comprovante de recarga de celular exatamente às 9h22. Ele não matou ninguém. Afirmo com todas as letras que este rapaz está sendo injutiçado, mas tenho certeza que vão chegar na verdade", disse.
O secretário-executivo de Defesa Civil de Pernambuco, Alessandro Carvalho, enviado especial para coordenar a força-tarefa de diligências, não quis se pronunciar sobre o caso, disse não ter autorização para divulgar detalhes da investigação.
Depoimento
A advogada Mysheva Martins chegou por volta das 11h, momentos depois de Edmacy Cruz Ubirajara, único suspeito de participação capturado, ter sido levado para uma unidade de saúde por estar se sentindo mal. Até as 14h30, Mysheva Martins, que estava com um tio no carro de Thiago Faria, quando aconteceu a emboscada, conversou com os delegados Joselito Kehrle e Josineide Confessor, que investigam o caso. Ela ainda estava na unidade quando o suspeito voltou do hospital. Não se sabe se houve um encontro entre eles.
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