sábado, 16 de agosto de 2014

Opiniões de especialista divergem se é possível ou não sabotagem de caixa-preta no voo que matou Eduardo Campos

Investigadores concluíram que equipamento não funcionou no dia do acidente

Os especialistas em aviação são unânimes em dizer que as caixas-pretas são equipamentos seguros. Mesmo assim, segundo o Cenipa (Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), o aparelho não registrou os dados do voo que caiu em Santos (SP) na última quarta-feira (13), matando o candidato à Presidência da República Eduardo Campos e outras seis pessoas.
Apesar disso, o especialista Décio Simões descarta a possibilidade de sabotagem. Membro do Fórum Brasileiro para o Desenvolvimento da Aviação Civil, ele afirma que é impossível alguém ter acesso ao equipamento.
— Se não os pilotos poderiam, por qualquer motivo, simular uma pane e eliminar gravações. É um sistema inviolável.
Segundo o Cenipa, ainda “não é possível, até o momento, determinar a data dos diálogos registrados no CVR, tendo em vista que esse tipo de equipamento não registra essa informação. As razões pelas quais o áudio obtido não corresponde ao voo serão apuradas durante o processo de investigação”.
Para Décio Simões, houve uma pane no gravador de voz.
— É um equipamento eletrônico, um sistema automático que vai gravando sem parar. Ele vai apagando os dados anteriores e guarda os últimos minutos. Por alguma razão, ele deixou de gravar.
O professor Alvaro Martins Abdalla, da Escola de Engenharia da USP-São Carlos, destaca que alguns modelos de gravadores de voz CRV podem, sim, ser desligados durante o voo. Mas, em caso de acidente, o equipamento tem um dispositivo para não apagar a conversa gravada.
— Na maioria das aeronaves comerciais há um disjuntor para o gravador de voz CVR. Toda vez que ocorrer um incidente durante um voo, o disjuntor é puxado e isso mantém a conversa de cabine pertinente no registro.
O avião Cessna 560XL caiu no bairro do Boqueirão, em Santos, quando o piloto fazia uma manobra após arremeter. Além de Campos, morreram os assessores Pedro Valadares e Carlos Augusto Percol, o cinegrafista Marcelo Lira, o fotógrafo Alexandre Severo e os pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha.
Thiago Calil


FONTE

Estudante de Direito
Graduanda em Direito, Mestre em Hospitalidade, Pós Graduada em Gestão de Empresas, Bacharel em Aviação Civil. Adoro viajar, aprender novos idiomas, apaixonada por rock and roll, fã dos Guns N' Roses. Meu sonho é morar em uma livraria! Louca por aviões :)

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