O ex-governador Alberto Goldman, coordenador da campanha do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta terça-feira que a pesquisa Ibope, encomendada pelo Estado e pela TV Globo, é uma mostra de que Dilma Rousseff, presidente e candidata à reeleição pelo PT, é a que mais perde nesta corrida eleitoral. Na mostra divulgada hoje, Dilma tem 34%, Marina Silva, que foi alçada à cabeça de chapa após a morte de Eduardo Campos, tem 29% e Aécio Neves 19%.
Nas projeções de segundo turno, Marina venceria Dilma por 45% a 36% e Aécio Neves por 41% a 35%. "Avalio que não há mais como Dilma ganhar essa eleição presidencial", destacou o coordenador da campanha tucana, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, acrescentando que a candidatura da petista vem perdendo fôlego a cada pesquisa. "Ela está desidratando", frisou.
Indagado se a campanha de Aécio Neves, que figurava no segundo lugar da disputa nas pesquisas eleitorais, antes da entrada de Marina Silva como cabeça de chapa, deverá fazer alterações para conseguir chegar ao segundo turno dessa disputa, Goldman disse que a proposta, que já vinha sendo executada, é tornar o presidenciável do PSDB mais conhecido do eleitorado de todo o País.
"Aécio é o menos conhecido dos três concorrentes mais bem pontuados, portanto, ele tem ainda margem para crescer, ao contrário de Marina, que deve ter atingido o seu teto com os 29% registrados hoje na pesquisa Ibope e de Dilma que está em trajetória descendente." Ele disse crer que, sob o aspecto de uma disputa eleitoral acirrada como a atual, os 40 dias que restam para a realização do primeiro turno (5 de outubro) representam "uma eternidade", onde tudo pode mudar.
Para o ex-governador, o que mais lhe chamou atenção na pesquisa é que a soma das intenções de voto de Marina Silva e Aécio Neves, de 49 pontos porcentuais, superam muito os 34% obtidos por Dilma na mostra do Ibope. "Isso é uma prova de que Dilma foi a quem mais perdeu e mostra a inviabilidade de sua candidatura."
Na sua avaliação, este cenário indica a estratégia acertada da campanha tucana em focar os ataques no governo do PT, sobretudo na gestão da presidente Dilma. "Temos de continuar nos qualificando como o partido de oposição que tem condições de mudar a situação em que se encontra hoje o País, com a volta da inflação e baixo crescimento."
Com relação à Marina, ele é mais cauteloso e diz que é cedo para alterar uma estratégia em função de um pico de crescimento que a campanha tucana avalia que irá retroceder. "Marina não tem estrutura, não tem aliados, diria que ela não tem mais nada além dela mesma."
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