quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Aeroporto de Juazeiro do Norte é o segundo do Brasil em riscos de acidentes com aves
Levantamento da Folha de São Paulo apontou o Aeroporto Orlando Bezerra, em Juazeiro do Norte, como o segundo de maior risco de colisão em voo no Brasil. O jornal paulista levou em conta os dados do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão da Aeronáutica responsável por apurar acidentes e informar as principais causas.
Ao todo, 617 acidentes que foram registrados no Brasil tiveram as investigações concluídas. O de Juazeiro do Norte só perde para o de Joinville, em Santa Catarina, no índice de colisões com animais que é de 24,31.
Os dados do Cenipa revelam que no ano passado houve 1 739 ocorrências desse tipo. Mais de 90% das colisões se dão em choques com aves. A maior parte ocorre no pouso ou na decolagem dos aviões para dados coletados pelo órgão em todo o Brasil.
O índice em que o Aeroporto juazeirense está incluído é calculado de acordo com o índice internacional que mede a quantidade de acidentes em relação ao movimento de poucos e decolagens nos aeroportos.
Para cada dez mil pousos e decolagens, as três cidades com maior risco de acidentes desse tipo, que em sua maioria prejudica os motores, são: Joinville com 35 colisões, seguido do de Juazeiro com 24 e Bagé, no Rio Grande do Sul com 23.
Em 2013 foram realizados 7 378 pousos e decolagens no Aeroporto de Juazeiro. Até o mês de junho desse ano o terminal já recebeu 4 102 aeronaves segundo dados da INFRAERO. No ano passado cidade de Juazeiro do Norte recebeu 387.990 passageiros em seu aeroporto com média de 32,3 mil a cada mês. Este ano 244.648 pessoas utilizaram o terminal até o mês de junho, média de 40 mil passageiros/mês.
Medidas de prevenção de acidentes
O Site Miséria entrou em contato com a INFRAERO indagando sobre as medidas que são tomadas para a prevenção de acidentes. A empresa pública que administra os principais aeroportos do país informou que atua continuamente para evitar a presença de animais no sítio aeroportuário, realizando vistorias Periódicas nas áreas internas a fim de evitar tais problemas.
Confira a nota enviada ao Miséria na íntegra:
A Infraero atua continuamente para evitar a presença de animais no sítio aeroportuário. Neste sentido, no que se refere às ações nas áreas internas do terminal de Juazeiro do Norte, de competência da Infraero, são realizadas vistorias periódicas com foco no tema, com o intuito de monitorar obstáculos à aeronavegação e focos de atração de aves na área de segurança do aeroporto. Para isso, as Comissões de Monitoramento da Área de Segurança Aeroportuária (ASA) e de Perigo Aviário do aeroporto atuam de forma integrada e contam com o apoio dos órgãos competentes para a captura de animais, silvestres e domésticos, no interior do sítio aeroportuário.
Também são realizadas ações permanentes de limpeza e conservação da infraestrutura e desenvolvidos programas de manutenção preventiva e corretiva com o objetivo de evitar acesso de animais por meio da manutenção da integridade dos muros e cercas do aeroporto, bem como evitar pontos de atração de animais por meio do corte periódico de grama, limpeza e desobstrução de valas de drenagem e remoção de árvores secas e de itens da infraestrutura em desuso, que possam constituir pontos de referência para as aves.
O Aeroporto de Juazeiro do Norte dispõe ainda de instrumentos para afugentamento de aves avistadas na área de manobras do aeroporto, por meio do emprego de viaturas, fogos de artifício e canhão de propano.
Em casos de concentração de aves, a Infraero também mantém a emissão de alerta às tripulações de aeronaves, por meio de solicitação de NOTAM (Aviso aos Navegantes).
Para as questões observadas em área externa do aeroporto, a Infraero busca interação com o Poder Público para tornar o ambiente aeroportuário não atraente para os animais. Neste sentido, são realizadas ações para promover a correção das irregularidades de limpeza urbana.
Outra medida importante é a realização de reunião técnica sobre perigo aviário com a comunidade aeroportuária e o Poder Público local para sensibilização acerca do problema.
Fonte: Miséria
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