SEJAM TOLERANTES, SAIBAM PERDOAR SEU PRÓXIMO, NÃO GUARDEM RANCOR, FAÇAM COMO O CORDELISTA FRANCISCO JACÓ

Pus no mar do esquecimento as coisas do meu passado

Eu já trabalhei pesado,
Já fiz muito movimento.
Levei patada da vida,
Como coice de jumento.
Porem com discernimento,
Vindo por deus revelado.
Resolvi deixar de lado,
E apagar os maus momentos.
Pus no mar do esquecimento,
As coisas do meu passado.

Já amei e fui amado,
Tenho o reconhecimento.
Mas também fui enrolado,
Por gente sem sentimento.
Porem em certo momento,
Cansei de ser maltratado.
O meu coração sangrado,
Fiz um posso e joguei dento.
Pus no mar do esquecimento,
As coisas do meu passado.

Eu também já fui roubado,
Já passei muito desgosto.
O que ganhei ate hoje,
Só deu pra pagar imposto.
Vi o suor do meu rosto,
Caindo e sendo explorado.
Mas por ser um homem honrado,
Não guardei ressentimento.
Pus no mar do esquecimento,
As coisas do meu passado.
No mundo em que fui jogado,
Não consegui ficar dentro.
Passei por altos e baixos,
Fui notado nos eventos.
Namorei e sou casado,
E já tive quatro rebentos.
Todavia neste momento,
Já tão todos desgarrados.
Pus no mar do esquecimento,
As coisas do meu passado.
Hoje estou muito arretado,
Vendo um certo movimento.
O trabalhador sofrendo,
Com o salário atrasado.
O empregador safado,
Sem dar reconhecimento.
E a nossa dignidade,
Sendo no vento jogado
Pus no mar do esquecimento,
As coisas do meu passado

Deixo aqui a minha participação, junto aos companheiros do cordel desencantado, neste tão bem elaborado mote. É um tema abrangente, que pode ser muito bem explorado pelos demais companheiros. Boa sorte a todos, e que a cultura saia vitoriosa neste dia de hoje. F.J de Paulistana PI

Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se! Você quer ser feliz para sempre? Perdoe! Tertuliano

(postado em Janeiro de 2013 por:AraripeInformado)