segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Membros de banda e dono de boate no RS têm prisão temporária decretada


 As imagens são fortes! Nela dá pra ver a aglomeração de mortos na boata Kiss em Santa Maria no Rio Grande do Sul, uma grande tragédia que está chamando a atenção de todo o país pelo grande número de pessoas mortas. Segundo informações até o momento 232 pessoas mortas e mais de 100 feridos.

 fogo

Extraído de: Reuters Brasil  

SANTA MARIA, 28 Jan (Reuters) - Dois integrantes da banda que fazia um show na boate que pegou fogo em Santa Maria, matando 231 pessoas, e um proprietário do estabelecimento tiveram prisão temporária decretada e estão detidos para prestar esclarecimentos sobre a tragédia.
Uma quarta pessoa, que também teve prisão temporária decretada e seria o segundo proprietário da boate Kiss, ainda não foi encontrada.
A polícia não quis identificar os detidos, mas mais cedo o Ministério Público gaúcho confirmou à Reuters que seriam dois integrantes da banda e um empresário do estabelecimento. A prisão é por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. Os três detidos se apresentaram espontaneamente, informou a polícia.
Um dos detidos, segundo a polícia, está internado em um hospital.
O chefe da Polícia Civil do Estado, delegado Ranolfo Vieira Jr., disse que a prisão temporária é indispensável para a investigação criminal.
A tragédia, que ocorreu na madrugada de domingo, deixou até o momento 231 mortos, segundo dados oficiais atualizados.
A maioria das vítimas, jovens universitários, morreu por asfixia devido à fumaça tóxica que tomou conta da boate quando o fogo consumiu o revestimento acústico que estava no teto da casa.
O incêndio teria começado durante o show da banda Gurizada Fandangueira quando um dos integrantes acendeu um sinalizador. Faíscas do artefato pirotécnico teriam atingido o teto, iniciando o fogo, segundo autoridades.
A banda é formada por seis integrantes, sendo que um deles morreu no incêndio.
"Queremos que este seja um inquérito exemplar", disse o governador do Estado, Tarso Genro (PT), a jornalistas. "Que traga, se for o caso, modificações legislativas", acrescentou.


Justiça bloqueia bens de sócios da boate de Santa Maria

O juiz plantonista do Fórum de Santa Maria (RS), Afif Simões Neto, autorizou nesta segunda-feira (28/1) o bloqueio de bens dos donos da boate Kiss, onde um incêndio matou 231 pessoas na madrugada de domingo (27/1). O pedido foi feito pela Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, que também abrange eventuais bens registrados em nome da boate como pessoa jurídica. As informações são do portal UOL.
Segundo a Defensoria, a medida é uma forma de garantir indenizações futuras e de impedir que os donos se desfaçam de seu patrimônio. De acordo com o portal, o próximo passo da Defensoria será ajuizar ações indenizatórias, individuais ou coletivas.
Os empresários Mauro Hoffman e Elissandro Spohr, apontados como donos da casa noturna, tiveram as prisões temporárias decretadas pela nesta segunda (28). Hoffman se entregou no início da tarde, e Spohr, que estava na boate no momento do incêndio, está sob custódia policial em um hospital de Cruz Alta (RS), onde permanece internado.
A Justiça também decretou a prisão de dois músicos da banda Gurizada Fandangueirado —o  vocalista Marcelo dos Santos e o produtor Luciano Leão—, apontados como responsáveis pelo lançamento de um artefato luminoso que teria causado o incêndio no local. Ambos foram presos nesta segunda.
As prisões foram motivadas por indícios apontados pelo Ministério Público de que eles estariam prejudicando as investigações com o desaparecimento ou com a manipulação de provas. O portal diz que a promotora criminal Waleska Flores Agostini afirmou que o aparente sumiço de imagens do circuito interno de câmeras da boate caracterizaria obstrução da Justiça.
Segundo a Polícia, o incêndio começou em decorrência do uso de um sinalizador. A Polícia disse ainda que as portas da casa noturna não eram adequadas para saída em massa das pessoas. Ainda segundo a Polícia, foram usados três sinalizadores durante a festa: dois no chão e um no alto, virado em direção ao teto. Até o momento, entretano, nenhuma das pessoas ouvidas assumiu ter usado um sinalizador. 

Extraído de: Consultor Jurídico  







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