O gabinete político e de segurança de Israel aceitou
nesta terça-feira a proposta para um cessar-fogo com as facções armadas
na Faixa de Gaza feita pelo Egito, informou o Escritório do
Primeiro-ministro israelense em comunicado.
De acordo com a nota, enviada por SMS, o gabinete, que
se encontrava reunido em Jerusalém desde o início do dia, aceitou
suspender as hostilidades a partir das 9h locais (3h de Brasília).
O Hamas ainda não respondeu oficialmente ao acordo de
cessar-fogo, mas Sami Abu Zuhri, pertencente ao alto escalão do grupo,
teria afirmado que a proposta atual é inaceitável, de acordo com
informações da agência AP.
Poucas horas depois do anúncio de Israel, um foguete
lançado a partir da Faixa de Gaza atingiu a cidade israelense de Ashdod.
As autoridades israelenses não têm notícias de feridos.
Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde de Gaza elevou
para 189 o número oficial de mortos, a maioria civis, e para mais de 1,4
mil os feridos nos oito dias da atual ofensiva militar israelense
"Limite Protetor" contra o território palestino.
O número de vítimas já supera a última operação militar
israelense - "Pilar Defensivo" - contra o movimento islamita Hamas em
novembro de 2012, na qual morreram 166 pessoas, também civis em sua
maioria, e que durou oito dias.
Os
novos ataques se produziram após uma intensa noite de contatos
internacionais para conseguir um cessar-fogo que leve a uma trégua
definitiva, e de um novo ataque com foguetes contra a cidade israelense
de Eilat, que causou uma dezena de feridos.
Proposta egípcia
O Egito apresentou na segunda-feira uma iniciativa para dar uma solução ao conflito entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas, que estabelece a trégua entre ambas as partes a partir desta manhã, além de reuniões no Cairo, a capital egípcia nos próximos dias. O plano convocou todas as partes para "um cessar-fogo imediato", de qualquer operação aérea, terrestre e marítima.
O Egito apresentou na segunda-feira uma iniciativa para dar uma solução ao conflito entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas, que estabelece a trégua entre ambas as partes a partir desta manhã, além de reuniões no Cairo, a capital egípcia nos próximos dias. O plano convocou todas as partes para "um cessar-fogo imediato", de qualquer operação aérea, terrestre e marítima.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, louvou a
iniciativa do Egito e disse que espera que a proposta do país árabe
ajude a restabelecer a calma na região. "Uma escalada maior não
beneficia a ninguém, muito menos a israelenses e palestinos. Faremos
tudo o que for possível para facilitar o retorno ao cessar-fogo de
2012", disse Obama.
O popular jornal israelense Yedioth Ahronoth antecipou
hoje em sua capa que a proposta egípcia seria aceita, apesar de alguns
membros do gabinete israelense serem contrários à iniciativa.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP),
Mahmoud Abbas, deu boas vindas à proposta e agradeceu ao Egito por seus
esforços para restaurar a calma na região, informou a imprensa local.
Os líderes do Hamas em Gaza e no exterior, por sua vez,
se mostraram reticentes a aceitar a proposta do Cairo, por causa de sua
relutância em concordar com um cessar-fogo antes de um acordo de trégua
mais amplo.
Faixa de Gaza: entenda o conflito
Conheça um pouco mais sobre a região, que tem um quarto do tamanho do município de São Paulo, mas uma enorme importância para a história do Oriente Médio
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