Argentina
segue em busca de conquistar o tricampeonato mundial na casa do mais acirrado
adversário. Sem apresentar um grande futebol nesta quarta-feira em duelo de
poucas emoções na Arena Corinthians (SP), a seleção de Messi e companha
precisou do drama dos pênaltis para eliminar a Holanda na semifinal do Mundial
de 2014. Com brilho do goleiro Sergio Romero, os argentinos bateram os europeus
nas cobranças de penalidade máxima por 4 a 2 para marcar encontro com a temida
Alemanha no Rio de Janeiro.
Agora,
a seleção argentina prepara-se para disputar a sonhada final da Copa do Mundo
em 13 de julho. Os sul-americanos encararão neste domingo a temida Alemanha às
16h (de Brasília) no Maracanã, palco da final da Copa de 1950. Já os holandeses
se contentarão com a disputa do terceiro lugar, contra a Seleção Brasileira, às
16h de sábado, no Mané Garrincha (DF).
Muito estudo e pouco perigo
A
primeira etapa do duelo na Arena Corinthians deixou a desejar no quesito
emoções. Ambas as equipes exageraram na precaução e pouco assustaram as metas
adversárias. A Holanda iniciou a partida com domínio da posse de bola e trocou
passes no campo de ataque sob gritos de “olé” dos brasileiros presentes no
estádio, mas logo os argentinos tomaram o controle da partida e fizeram os
holandeses se defenderem.
Os
momentos mais perigosos dos primeiros 45 minutos, inclusive, foram argentinos.
Aos 15min, Messi cobrou falta com força para firme defesa de Cillessen.
Já nove minutos mais tarde o zagueiro Garay desviou escanteio cobrado por
Lavezzi bem perto da meta adversária. Os holandeses igualaram as ações de
jogo pouco depois e o primeiro tempo terminou com poucas emoções, com os dois
times à espera do adversário.
Emoção apenas com gol perdido
por Robben no fim
A etapa final manteve o mesmo ritmo do duelo antes do intervalo.
Nas arquibancadas, os torcedores argentinos perceberam o momento ruim e
começaram a entoar cânticos de apoio. O equilibro era tanto que a posse de bola
chegou a ficar dividida entre 50% para cada. O treinador holandês Louis
Van Gaal chegou a tentar variar esquemas táticos em campo, mas ainda assim os
europeus não conseguiam imprimir seu trabalho.
O duelo, que já não era bom aos olhos dos torcedores, caiu ainda
mais de rendimento durante o segundo tempo e ambos os times esbanjaram erros
fáceis de passe. A primeira oportunidade perigosa finalmente surgiu aos 29min:
Pérez cruzou na medida para Higuaín, que completou de primeira e viu a bola
tocar na rede pelo lado de fora, enganando alguns torcedores na Arena
Corinthians.
A Argentina tentou dar mais movimentação ao ataque e sacou
Higuaín para a entrada do recuperado Agüero. No entanto, quem teve a derradeira
chance de gols do duelo foi a Holanda: aos 45min, a seleção neerlandesa fez boa
jogada e a bola sobrou para Robben, que invadiu a área, mas demorou demais para
chutar, sendo bloqueado por Mascherano.
Prorrogação
Ao contrário da atitude surpreendente contra a Costa Rica, Van
Gaal colocou Huntelaar em campo na vaga de Van Pesie e queimou a terceira
alteração – sendo assim, preferiu não trocar o goleiro para a disputa dos
pênaltis. O duelo seguiu lento e a primeira oportunidade só surgiu aos 8min, em
chute de longe de Robben.
Nem os empolgados gritos dos argentinos no segundo tempo da
prorrogação serviram para embalar a partida, que foi para os pênaltis graças às
fortes marcações dos dois times. – houve apenas uma chance de Palacio
cara a cara com o goleiro pouco antes do fim do jogo.
Goleiro argentino Romero defendeu duas cobranças de pênaltis para dar classificação à final
Pênaltis
As penalidades começaram com erro de Vlaar logo na primeira
cobrança defendida por Romero – Messi bateu bem e deixou os argentinos na
frente. Na sequência, Robben e Garay marcaram para suas respectivas seleções. O
goleiro argentino voltou a brilhar com defesa espetacular em cobrança de
Sneijder na sequência e viu Agüero aumentar a vantagem para dois gols. Kuyt
manteve o sonho holandês vivo, mas Maxi Rodríguez confirmou a classificação
argentina para a final.
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