A Organização das Nações Unidas (ONU) fez um apelo nesta terça-feira para arrecadar 301 milhões de dólares em ajuda para as vítimas do tufão Haiyan, que atingiu as Filipinas no fim de semana. Oficialmente, o fenômeno deixou até o momento 1 744 mortos no país, mas estimativas apontam que o total pode chegar a 10 000. Além disso, 10 milhões de filipinos foram afetados e 660 000 estão desabrigados.
“Acabamos de lançar um plano de ação centrado na alimentação, saúde, saneamento, alojamento, retirada de destroços e proteção dos mais vulneráveis. Este plano chega a 301 milhões de dólares”, declarou a chefe das operações humanitárias da ONU, Valerie Amos. Ela elogiou a reação da comunidade internacional desde que o tufão Haiyan atingiu as Filipinas, mas disse que é preciso mais ajuda para socorrer os flagelados. “Sabemos que já há muita gente ajudando as pessoas, mas também sabemos que devido ao alcance do desastre, é preciso manter e ampliar essa ajuda”, afirmou. A Cruz Vermelha, por sua vez, pediu 94 milhões de dólares para minimizar os efeitos da catástrofe. A organização disse que o dinheiro atenderá a 100 000 famílias com alimentos, água potável e abrigo.
Por enquanto, o governo britânico se comprometeu a doar 17 milhões de dólares, enquanto a Austrália destinará cerca de 9,3 milhões dólares e a Nova Zelândia, 1,6 milhão de dólares. A Comissão Europeia anunciou que enviará 10 milhões de dólares, ao passo que a Alemanha enviou uma carga com 23 toneladas de ajuda em materiais e alimentos. O Japão mobilizou uma equipe de ajuda com 25 médicos e profissionais da saúde e afirmou que doará 10 milhões de dólares. Já o governo da China anunciou na segunda-feira uma ajuda menos substancial, de apenas 200 000 dólares.
O governo dos Estados Unidos reforçará a ajuda com o envio do porta-aviões George Washington ao país, que conta com 5 000 marinheiros a bordo. No domingo de cerca de noventa fuzileiros navais americanos saíram da base aérea de Okinawa, no Japão, e partiram em direção às Filipinas a bordo de duas aeronaves Hércules. O objetivo inicial da missão americana “inclui busca e resgate marítimo de superfície, apoio com helicópteros de transporte, resgate aéreo e apoio em transporte e logística com aviões”, de acordo com o Pentágono.
Fonte: VEJA
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