A Delegacia Regional de Parnaíba localizou novo vídeo da adolescente Júlia Rebeca, de 17 anos, que
cometeu suicídio no último domingo em quarto de sua residência na cidade de Parnaíba (354 km de
Teresina).
No novo vídeo, a jovem mantém relações sexuais dentro do banheiro com um jovem, aparentemente
maior da idade. Uma terceira pessoa fez as filmagens e desta vez, Júlia Rebeca não percebe a
filmagem da relação sexual porque a gravação é feita de uma espécie da janela aberta na porta do
banheiro.
Seu parceiro, porém, sabe que a relação sexual está sendo filmada e sorri, com desdém, pelo menos
por três vezes.
São dois vídeos que circulavam na internet e em telefones celulares antes de Júlia Rebeca veicular
mensagem no Twitter pedindo desculpas para sua mãe e cometer suicídio, no dia 10 de novembro.
No primeiro vídeo que vazou na internet, Júlia Rebeca aparece mantendo relações sexuais com um
casal de jovens, aparentemente de sua faixa etária.
A outra adolescente que aparece no vídeo com relação sexuais a três tentou cometer suicídio na
quinta-feira última em Parnaíba, onde reside.
Ela foi internada no Pronto-Socorro do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) de Parnaíba com
princípio de envenenamento. A jovem foi socorrida pelos médicos do hospital e voltou para sua casa
sem risco de morte.
A Polícia Civil de Parnaíba descarta que a jovem que tentou suicídio tenha sido a autora da
distribuição do vídeo.
Os principais suspeitos são os jovens que aparecem ocultos nas duas filmagens, a da relação sexual no
banheiro e na relação sexual a três.
O delegado Regional de Parnaíba, Rodrigo Moreira, que investiga o caso do suicídio de Júlia
Rebeca, que morreu após vazamento dos vídeos, solicitou perícias em celulares da vítima e de suspeitos.
Segundo Rodrigo Moreira, a investigação é para detectar o autor da distribuição do vídeo.
A família denunciou que a estudante teria se matado, após ser espalhada uma gravação em que ela
aparece fazendo sexo com duas pessoas – um rapaz e uma outra garota.
O delegado Rodrigo Moreira disse que vai solicitar também informações à administradora do
aplicativo WhatsApp, onde o vídeo circulou.
Ele acrescentou que solicitou perícia em celulares e está analisando todas as redes sociais que foram
usadas para a divulgação do vídeo.
Os responsáveis pela veiculação do vídeo irão ser indiciados por crimes previstos no Estatuto da
Criança e do Adolescente.
Integrantes da família e amigos de Júlia Rebeca serão ouvidos no inquérito aberto pela Polícia Civil de
Parnaíba.
Júlia Rebeca foi encontrada enrolada no fio de uma chapinha de alisamento de cabelos no último dia
10 de novembro.
Em mensagens deixadas suas páginas do Instagram e do Twitter, a estudante pede desculpas à
família e antecipam o suicídio.
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