domingo, 22 de dezembro de 2013

Comentário racista no Twitter custa emprego de executiva

AFP - Agence France-Presse
A diretora de comunicação da InterActive Corp (IAC) - proprietária de sites como match.com, Meetic, Vimeo e The Daily Beast -, Justine Sacco, foi demitida neste fim de semana, depois de ter feito piada no Twitter com as vítimas da Aids na África.

O comentário da executiva virou alvo de chacota e insultos nas redes sociais (Reprodução: Internet)
O comentário da executiva virou alvo de chacota e insultos nas redes sociais
“Indo para a África. Espero não contrair Aids. Brincadeira. Sou branca!”, publicou Justine na última sexta-feira, antes de embarcar para a África do Sul. A mensagem, lida apenas por seus seguidores, então 200, foi encaminhada para um funcionário do site Buzzfeed.com, que lhe deu maior divulgação, segundo a imprensa americana.

Ao desembarcar, Justine apagou a mensagem e sua conta no Twitter, mas o estrago já estava feito, e o comentário virou alvo de chacota e insultos nas redes sociais, tornando a hashtag #JustineSacco uma das mais discutidas no Twitter.

Mesmo após a demissão, a gafe da executiva continuava sendo comentada nas redes. Neste domingo, o domínio justinesacco.com redirecionava o internauta a um site de doações para a luta contra a Aids na África.

“O comentário ofensivo não reflete a visão, nem os valores, da IAC”, assinalou a empresa. “Tratamos este assunto com muita seriedade, e tomamos medidas junto à funcionária envolvida. Não há justificativa para o comentário publicado, que condenamos com firmeza.”

Justine desculpou-se neste domingo (22), em um comunicado citado pela ABC News: “Palavras não podem expressar o quanto me arrependo e o quanto é necessário para mim pedir desculpas ao povo sul-africano, que ofendi com uma mensagem desnecessária e insensível.”

A executiva lembrou que nasceu na África do Sul. “Existe uma grave crise por causa da Aids neste país. Infelizmente, é muito fácil falar com leviandade sobre uma epidemia que nunca foi enfrentada diretamente”, assinalou.

“Por ser insensível a essa crise - que não discrimina por raça, gênero ou orientação sexual, e sim nos aterroriza de forma uniforme -, e por milhões de pessoas que vivem com o vírus, sinto vergonha”, concluiu.

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