segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

E MORREU MESMO!!! Promotor argentino sobre caso em que acusava Cristina: ‘Posso sair morto’

Alberto Nisman foi encontrado sem vida em seu apartamento na madrugada do dia em que apresentaria denúncia

Equipes levam o corpo de Alberto Nisman de seu prédio no bairro de Puerto Madero Foto: MARCOS BRINDICCI / REUTERS

BUENOS AIRES - A última semana foi marcada pelo grande contato do promotor federal Alberto Nisman, achado morto em seu apartamento na madrugada desta segunda-feira, com a imprensa. Foram publicados diariamente testemunhos dele sobre as acusações que mantinha contra a presidente Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman, o deputado Andrés Larroque, o líder sindical Luis d’Elia e o ativista do movimento Quebracho. O governo argentino estava em pé de guerra contra ele, que apresentaria formalmente suas denúncias no mesmo dia em que seu corpo foi descoberto.
Em entrevista ao “Clarín”, ele disse na semana passada “Posso sair morto disso (as denúncias). Desde hoje minha vida mudou. É minha função como promotor, e tive de dizer a minha filha que iria escutar coisas impressionantes sobre mim”.
Nisman foi encontrado morto com um trauma na cabeça provocada por arma de fogo. A família não conseguira estabelecer contato com ele no domingo, e quando não deu resposta dentro de seu apartamento, trancado por dentro, chamou um chaveiro. Ele então foi achado no banheiro.
Segundo Nisman, Cristina teria encoberto o envolvimento de terroristas iranianos no ataque contra a Amia, num crime que permanece impune depois de 20 anos. Na quinta-feira, o governo argentino pôs sob suspeita o promotor, um dia após ele denunciar a presidente. Ele era acusado de Em 1994, uma explosão contra a Amia deixou 85 mortos e provocou danos estruturais em outros nove edifícios no bairro Once.


Em sua última entrevista ao “La Nación”, ele enfatizava sua denúncia aos dirigentes kirchneristas.
— Tudo que tenha a izer o chanceler Timerman - porque é um alto funcionário, mas continua acusado -, dirá diante do juiz. Ratifico a contundência da prova que tenho — garantiu. — As decisões que tomei para investigar os acusados foram exclusivamente minhas, indo atrás de escutas legais que datam de oito anos.

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