O Principado de Mônaco bloqueou 10 milhões de euros (R$ 34,7 milhões) de Jorge Zelada, ex-diretor de Internacional da Petrobras e sucessor de Nestor Cerveró no cargo. Há suspeita de que ele esteja envolvido no esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato, segundo informou o Ministério Público Federal (MPF) ao jornal O Globo nesta terça-feira (17).
“É estranho porque esses recursos não são compatíveis com sua renda”,
disse Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato. Não
foi feita nenhuma denúncia, no entanto, pois o MPF ainda não encontrou o
rastro do pagamento de propina. Zelada comandou a área Internacional
entre 2008 e 2012, após ser indicado pelo lobista João Augusto
Henriques, conforme revelou ÉPOCA na reportagem As denúncias do operador do PMDB na Petrobras, de agosto de 2013.
Zelada já era investigado pela Controladoria Geral da União (CGU) junto com seu antecessor, Cerveró, e com Renato Duque,
ex-diretor de Serviços da Petrobras. Foram abertos processos
administrativos para apurar a participação dos três no esquema de
pagamento de propina que envolvia a empresa holandesa SBM Offshore.
Diretores da firma estrangeira já admitiram ter pago US$ 139 milhões a
representantes no Brasil, mas não detalharam os depósitos.
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