Um funcionário da saúde que viajou à Arábia Saudita se tornou nesta sexta-feira o primeiro caso confirmado nos Estados Unidos da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês), uma doença muitas vezes fatal, disseram funcionários dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
O paciente viajou em um voo da British Airways em 24 de abril de Riad a Londres, onde fez uma escala no aeroporto de Heathrow a caminho dos Estados Unidos. Ao chegar a Chicago, ele tomou um ônibus para uma cidade cujo nome não foi revelado, no Estado de Indiana.
Em 27 de abril, ele passou a apresentar problemas respiratórios, além
de febre, tosse e falta de ar. De acordo com o Departamento de Saúde de
Indiana, o homem visitou a unidade de emergências do Community Hospital,
em Munster, em 28 de abril, e foi internado no mesmo dia.
Como ele havia viajado para o exterior, os funcionários da área de
saúde fizeram exames relacionados à síndrome e enviaram as amostras aos
CDCs, que confirmou a presença do vírus nesta sexta-feira.
A Mers é semelhante à Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) que apareceu na China em 2002-2003 e causou a morte de cerca de 800 pessoas. O vírus foi detectado pela primeira vez na Arábia Saudita em 2002.
A doutora Anne Schuchat, diretora do Centro Nacional para Imunização e
Enfermidades Respiratórias dos CDCs, disse em uma conferência telefônica
que o primeiro caso da Mers nos EUA era de "grande preocupação devido à
sua virulência", já que é fatal em cerca de um terço das infecções.
Ela acrescentou que o caso representa "um risco muito baixo para o
público em geral", mas que a Mers costuma se espalhar entre
profissionais da saúde e não há tratamentos conhecidos contra o vírus. Araripe Informado
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