Os torneios são parecidos. A rivalidade também. Mas a qualidade dos
times não justifica que uma decisão entre Cruzeiro x Atlético-MG tenha
entradas mais caras que uma final entre os dois clubes mais ricos e
estrelados do mundo.
Em abril passado, Real Madrid e Barcelona disputaram a final da Copa
do Rei, no campo neutro de Valência. Assim, ao contrário de quando são
mandantes (quando quase todos os ingressos ficam com os sócios), o
confronto teve praticamente todas as suas entradas disponíveis para os
torcedores.
Os mais baratos custavam 45 euros, o equivalente hoje a
R$ 142. Uma pechincha comparada ao que o Cruzeiro pede para o segundo
jogo da final da Copa do Brasil, no Mineirão. Os ingressos mais baratos
valem R$ 200, ou 40% a mais do que os espanhóis pediam para ver
Cristiano Ronaldo, Messi e companhia.
No topo, o jogo espanhol era um pouco mais caro: cerca de R$ 758, contra R$ 700 da decisão brasileira.
E,
ao contrário do que fez o Cruzeiro, que aumentou em até cinco vezes o
preço dos ingressos, em relação ao jogo da semifinal, os dirigentes de
Real Madrid e Barcelona perceberam o momento ruim da economia
espanhola e baixaram os preços.
Na vez anterior que haviam
decidido o título da Copa do Rei, em 2011, o ingresso mais barato
custava 60 euros. Assim, aplicaram uma redução de 25%.
"Somos
conscientes de como está a situação do país", justificou o representante
do Real Madrid, Emilio Butragueño, na reunião que estabeleceu os
preços. "A queda no preço é muito importante para a torcida", completou
Javier Bordas, diretor do Barcelona.
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