Um casamento que tinha tudo para ser um verdadeiro conto de fadas
terminou em tragédia em Vera Cruz, na Bahia. O belga Louis Emile Ghiflain
Marot, 52 anos, veio para o Brasil há sete anos e conheceu a ex-garota de
programa Elaine Marques Marot, 28, em um bar no Pelourinho, em Salvador
Desde então, os dois começaram um relacionamento. Em 2010, decidiram
morar juntos e oficializaram a união no início de 2014. O casal decidiu
morar perto da praia, em um lugar mais tranquilo, e estava construindo uma
pousada no local onde residia no loteamento Praia do Sol, em Barra Grande
Segundo os vizinhos, o homem, que era marinheiro, viajava
muito e, quando estava em casa, ele e a mulher pouco saiam. Durante os
sete anos, o belga se revezava entre compromissos na Europa e Brasil,
rumando para
a Bahia anualmente, sempre no verão
Na noite de segunda-feira (24), Elaine assassinou o marido
com uma facada no pescoço, após sedá-lo com um sonífero que colocou no chá, que
o belga tinha o hábito de tomar depois do jantar. Ela aguardou ele se dirigir
ao quarto do casal para dormir e, empunhando uma faca do tipo peixeira, foi ao aposento e golpeou a vítima
O belga chegou a acordar com o impacto, tentou persegui-la,
mas não resistiu ao ferimento e morreu no jardim da casa. A mulher entrou em
contato com o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e com a polícia.
Inicialmente, a versão da mulher era que houve um assalto e o bandido esfaqueou o
marido. A filha de sete anos da acusada, de outro relacionamento, morava com
eles e estava dormindo no momento do crime
Na delegacia, a mulher acabou confessando o homicídio e
disse que o homem era muito agressivo e já havia a ameaçado de morte algumas
vezes, enciumado com as amizades que mantinha com rapazes mais jovens das
redondezas
Só eu sei o que passava dentro daquela casa, eu não tenho
arrependimento nenhum. Eu saí de casa por dois dias de mala e tudo, quando
voltei para pegar o restante das minhas coisas ele me ameaçou, disse que se eu
não voltasse pra casa em três dias, ele ia fazer uma coisa que eu ia me
arrepender para o resto da minha vida. A primeira coisa que imaginei é que ele
ia fazer mal a minha filha
O corpo de Matheus Isaque Tesch, de 14 anos, foi encontrado na manhã de
sexta-feira (28) enterrado em uma lavoura de Vera Cruz, cidade do
interior do Rio Grande do Sul. O garoto estava desaparecido desde o dia
20 de novembro. O cunhado, casado com a irmã da vítima, é o principal
suspeito do crime.
Segundo a polícia, o caso lembra a morte do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, encontrado enterrado em um matagalde Frederico Westphalen, também no interior gaúcho em abril.
O corpo do garoto foi localizado após a confissão de um dos suspeitos
de envolvimento no crime. Ele apontou o local onde o corpo havia sido
enterrado, em Linha Rebentona, quase na divisa com Candelária. O cunhado
e um outro homem estão presos.
O suposto comparsa disse à polícia que participou do crime e, além de
revelar onde o corpo estava enterrado, deu detalhes do assassinato. Ele
disse que o adolescente foi asfixiado no banco de trás do carro do
cunhado e depois, enterrado. Para a família, o cunhado disse que havia
encaminhado o adolescente a uma clínica psiquiátrica. O local e o homem
indicado como o último a ter visto Matheus com vida, no entanto, não
existem.
O caso é semelhante ao do menino Bernardo que, em abril deste ano, foi
achado enterrado em um matagal após dez dias desaparecido. Até agora,
quatro pessoas estão presas suspeitas do crime: o pai da criança, o
médico Leandro Boldrini, a madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini, além
de uma amiga dela, a assistente social Edelvânia Wirganivicz e o irmão
de Edelvânia, Evandro Wirganovicz. A assistente social foi quem apontou
onde o menino estava enterrado.
Funcionário de hospital disse em depoimento que ela alegou ter ‘ouvido vozes’
Vanuza disse em depoimento à polícia que não se lembra de ter matado a filha
Reprodução/Galeria da Semana, funcionário do hospital disse que ela alegou ter ouvido vozes
O delegado Bruno Hitotuzi informou ao R7 que ouviu o
depoimento da jovem Vanuza Nascimento da Silva, de 25 anos, suspeita de
degolar a filha de quatro anos na cidade de Lábrea, no Amazonas, no dia
21 de outubro. A suspeita esteve na delegacia na quarta-feira (12).
— Ela disse não se lembrar de nada. A família disse ainda que ela
tentou de novo cometer suicídio. Não restam dúvidas de que ela cometeu o
crime e até sexta-feira o inquérito será remetido à Justiça indiciando
Vanuza por homicídio doloso.
Segundo o delegado, um funcionário do hospital onde Vanuza recebeu atendimento informou que ela ouviu vozes.
— Um enfermeiro disse que a suspeita falou que ouviu vozes pedindo para
se ela se matar e que não era para deixar a filha sozinha.
Vanuza está em um abrigo após decisão judicial que a autorizou
responder o crime em liberdade. O juiz informou que ela precisa de
atendimento médico e que um presídio não tem condições oferecer o
tratamento, além das possíveis represálias de outras detentas.
A jovem passa por uma depressão severa e chegou a se consultar com um
psiquiatra um dia antes de cometer o crime. Ela é suspeita de degolar a
filha e, em seguida, cortar o próprio pescoço. Um tio a encontrou
desacordada e chamou socorro. Vanuza passou por cirurgia e quando
recebeu alta médica foi encaminhada ao presídio.
Tremor foi registrado na noite de terça-feira; não há informações sobre vítimas ou danos
Um terremoto de magnitude média atingiu o Estado do Amazonas, na noite
de terça-feira (25). O tremor foi de 4,6 graus, segundo o USGS (sigla em
inglês do Serviço Geológico dos Estados Unidos). O epicentro foi
registrado na cidade de Eirunepé, divisa com o Acre e na fronteira com o
Peru, a 1.159 km de Manaus.
Não há informações sobre vítimas ou danos materiais. O abalo aconteceu
às 23h26, horário de Brasília, e foi registrado a 111 km de Cruzeiro do
Sul, no Acre, e a 96 km de Ipixuna, no Amazonas.
De acordo o professor George Sândi França, do Observatório Sismológico
da UnB (Universidade de Brasília), o tremor é considerado comum para a
região. Segundo ele, o centro do sismo ocorreu a 562 km de profundidade.
— A população pode até chegar a sentir [o tremor], mas é muito pouco provável.
De acordo com França, o tremor não é provocado por falhas geológicas,
mas pela colisão de duas placas: uma denominada nazca (a mais densa) e a
outra conhecida como sul-americana (a mais pesada). Uma mergulha sobre a
outra, o que provoca tremores até a profundidade de 600 km. Até o
momento, não há informações sobre vítimas ou danos causados pelo tremor.
Um folheto divulgado pelo PRO (Propuesta Republicana), partido de
oposição na Argentina, divulgou cartaz sobre "prevenção a doenças
sexualmente trasmissíveis" sugerindo que, para evitar essa doença,
mulheres devem "fechar as pernas".
“Este folheto é misógino e
estigmatizante para a sexualidade da mulher e muito equivocado em termos
de saúde. É preocupante que isto tenha sido difundido por um partido
que pretende governar, afirmou Martín Apaz, dirigente da associação
Devenir Diverse de Córdoba.
No cartaz, a imagem chocante é de uma
vagina com ziper sobreposta por um laço que representa a luta contra a
Aids. A propaganda foi considerada tão fora do eixo que foi repudiada
inclusive pela UCR (União Cívica Radical), partido conservador da
Argentina, que divulgou cartaz pedindo para o PRO "abrir a cabeça".
Os torneios são parecidos. A rivalidade também. Mas a qualidade dos
times não justifica que uma decisão entre Cruzeiro x Atlético-MG tenha
entradas mais caras que uma final entre os dois clubes mais ricos e
estrelados do mundo.
Em abril passado, Real Madrid e Barcelona disputaram a final da Copa
do Rei, no campo neutro de Valência. Assim, ao contrário de quando são
mandantes (quando quase todos os ingressos ficam com os sócios), o
confronto teve praticamente todas as suas entradas disponíveis para os
torcedores.
Os mais baratos custavam 45 euros, o equivalente hoje a
R$ 142. Uma pechincha comparada ao que o Cruzeiro pede para o segundo
jogo da final da Copa do Brasil, no Mineirão. Os ingressos mais baratos
valem R$ 200, ou 40% a mais do que os espanhóis pediam para ver
Cristiano Ronaldo, Messi e companhia.
No topo, o jogo espanhol era um pouco mais caro: cerca de R$ 758, contra R$ 700 da decisão brasileira.
E,
ao contrário do que fez o Cruzeiro, que aumentou em até cinco vezes o
preço dos ingressos, em relação ao jogo da semifinal, os dirigentes de
Real Madrid e Barcelona perceberam o momento ruim da economia
espanhola e baixaram os preços.
Na vez anterior que haviam
decidido o título da Copa do Rei, em 2011, o ingresso mais barato
custava 60 euros. Assim, aplicaram uma redução de 25%.
"Somos
conscientes de como está a situação do país", justificou o representante
do Real Madrid, Emilio Butragueño, na reunião que estabeleceu os
preços. "A queda no preço é muito importante para a torcida", completou
Javier Bordas, diretor do Barcelona.
A crise da água no Sudeste
brasileiro, que afeta milhões de pessoas, desperta discussões sobre
mudanças climáticas, consumo, investimentos e alternativas de
abastecimento.
Diversas cidades do mundo também enfrentam ou
enfrentaram desafios semelhantes, envolvendo seca, desperdício e excesso
de consumo. A experiência delas pode servir de lição para São Paulo e
as demais cidades brasileiras que sofrem com a falta d’água?
A BBC
Brasil identificou seis cidades que tentam solucionar suas crises de
abastecimento e perguntou ao Instituto Socioambiental (ISA) até que
ponto as medidas se aplicariam à realidade paulista:
A
China está entre os 13 países listados pela ONU com grave falta d’água:
com 21% da população mundial, o país tem apenas 6% da água potável do
planeta.
Cerca de 400 cidades do país enfrentam obstáculos de
abastecimento, e Pequim é uma delas: com uma população crescente, a
capital já consome mais água do que tem disponível em seus
reservatórios.
Além disso, diversos rios chineses secaram
recentemente em decorrência de secas prolongadas, crescimento
populacional, poluição e expansão industrial.
Para enfrentar a
questão, a companhia de água de Pequim está apostando em um projeto
multibilionário para redirecionar rios, o Projeto de Desvio de Água
Sul-Norte, cuja primeira etapa deve ser concluída neste ano.
O objetivo é mover bilhões de
metros cúbicos de água do sul ao norte (mais árido) anualmente ao longo
de uma distância superior à que separa o Oiapoque do Chuí (extremos do
Brasil), a um custo que deve superar os US$ 60 bilhões. Seria necessária
a construção de 2,5 mil km de canais.
-É VIÁVEL EM SP? O
governador paulista, Geraldo Alckmin, propôs uma obra de transposição
para interligar o Sistema Cantareira à bacia do rio Paraíba do Sul -
proposta polêmica, já que este último é a principal fonte de
abastecimento do Estado do Rio de Janeiro, mas vista como "viável" pela
Agência Nacional de Águas (ANA). O custo estimado é de R$ 500 milhões.
No
entanto, para Marussia Whately, consultora em recurso hídricos do ISA
(Instituto Socioambiental), São Paulo estaria avançando sobre outras
fontes de água sem cuidar da água que tem disponível atualmente.
"Vamos
investir em grandes obras antes de pensar na gestão das perdas de água,
no consumo e na degradação das fontes de água atuais?", questiona.
Perth
é a "cidade mais seca" entre as metrópoles da Austrália. Segundo a
presidente da Western Australia Water Corporation, Sue Murphy, as
mudanças climáticas ocorreram mais rápido e antes do que era esperado no
oeste do país. "Nos últimos 15 anos, a água de nossos reservatórios foi
reduzida para um sexto do que havia antes", disse à BBC em junho.
A cidade construiu duas grandes estações para remover o sal da água coletada no Oceano Índico e torná-la potável.
Hoje,
Perth obtém metade de sua água potável a partir do mar. Mas os
ambientalistas criticam o processo por ser caro e demandar muita
energia. Os moradores sentiram o impacto em suas contas de água, que
dobraram de valor nos últimos anos.
A cidade também está fazendo
experimentos com o sistema Gnangara, sua maior fonte hídrica
subterrânea. Por uma década, Perth injetou nos aquíferos subterrâneos a
água que foi usada pela população, já tratada. A água é filtrada
naturalmente pelo solo arenoso e depois extraída para ser consumida pela
população ou usada na irrigação agrícola. O teste foi considerado
bem-sucedido, e um programa oficial foi estabelecido – sua meta é obter
desta forma 7 bilhões de litros por ano.
"Com um clima mais seco,
precisamos ser menos dependentes de chuva, por isso apoiamos estes
projetos", disse Mia Davies, ministra de Água e Florestas do Leste da
Austrália. Ao mesmo tempo, houve uma campanha pelo uso racional da água,
o que fez com que a demanda por água hoje seja 8% menor do que em 2003,
apesar de a população ter crescido mais de 30%.
-É VIÁVEL EM SP?
A dessalinização não seria uma opção coerente, diz Whately, do ISA, já
que São Paulo não é cidade costeira e o Brasil tem um enorme patrimônio
de água doce. Ao mesmo tempo, já se fala em recorrer ao uso emergencial
de água usada: o governo paulista anunciou nesta semana planos de
construir uma Estação de Produção de Água de Reúso na zona sul de São
Paulo.
Uma
das maiores cidades do mundo, Nova York iniciou nos anos 1990 um amplo
programa de proteção aos mananciais de água, para prevenir a poluição
nessas nascentes e, assim, evitar gastos volumosos com tratamento ou
busca de novas fontes de abastecimento.
O projeto incluiu
aquisição de terras pelo governo nas nascentes de água, com o objetivo
de proteger sua vegetação e garantir que os lençóis freáticos
continuassem a ser alimentados; assistência financeira a comunidades
rurais nessa região em troca de cuidados com o meio ambiente; e
mitigação da poluição nos mananciais. Com isso, a cidade conseguiu
ampliar em décadas a vida útil de seus mananciais.
O programa
também envolveu campanhas pela redução do consumo. Dados oficiais
apontam que o consumo per capita da cidade era de 204,1 galões de água
por dia em 1991 e caiu para 125,8 galões/dia em 2009.
- É VIÁVEL EM SP? Para
Whately, trata-se da opção mais adequada para a realidade paulista: "A
ideia (em Nova York) foi pensar o recurso que eles tinham disponíveis e
cuidar deles, em vez de investir em obras", diz.
Secas
severas nos anos 1990 deixaram milhões de espanhóis temporariamente sem
água. Mas um relatório da Comissão Europeia aponta que o maior problema
no país não costuma ser a falta de chuvas, e sim "uma cultura de
desperdício de água".
A cidade de Zaragoza, no norte, encarou o
problema com uma ampla campanha de conscientização em escolas, espaços
públicos e imprensa pelo uso eficiente da água e o estabelecimento de
metas de redução de consumo. Dos cerca de 700 mil habitantes, 30 mil se
comprometeram formalmente a gastar menos água.
A estratégia incluiu incentivos para a compra de
aparelhos domésticos econômicos (chuveiros, vasos sanitários, torneiras e
máquinas de lavar louça eficientes, cujas vendas aumentaram em 15%);
melhoria no uso da água em edifícios e espaços públicos, como parques e
jardins; e cuidados para evitar vazamentos no sistema.
A meta
estabelecida em 1997, de cortar o consumo doméstico de água em mais de 1
bilhão de litros água em um ano, foi atingida. Antes da campanha, diz a
Comissão Europeia, apenas um terço das casas de Zaragoza praticava
medidas de economia de água; ao final da campanha, eram dois terços. O
consumo total caiu mesmo com o aumento no número de habitantes.
"O
projeto mostrou que é possível lidar com a falta d’água em um ambiente
urbano usando uma abordagem economicamente eficiente, rápida e
ecológica", diz o 2030 Water Resources Group, consórcio que reúne ONGs,
governos, ONU e empresas em busca de soluções ao uso da água no mundo.
-É VIÁVEL EM SP? Não
apenas viável como necessário, diz Whaterly, do ISA. "Se houvesse, por
exemplo, um amplo programa de incentivos à aquisição de hidrômetros
individuais (em vez de coletivos) nos edifícios de São Paulo, haveria
uma economia brutal de água", opina. "Também são necessários incentivos à
construção de cisternas e sistemas individuais de reúso da água."
Whately
opina também que, ante a urgência da situação, a cidade precisa fixar
metas e incentivos à redução do consumo mais duras do que as promovidas
atualmente pela Sabesp - por exemplo, forçando consumidores maiores a
cortar mais seu gasto de água e debatendo a imposição de multas a quem
aumentou o consumo em plena estiagem.
Em
junho, o presidente mexicano Enrique Peña Nieto afirmou que 35 milhões
de habitantes do país têm pouca disponibilidade de água, tanto em
qualidade como em quantidade.
Essa escassez é grave na própria
capital, a Cidade do México, onde uma combinação de fatores – como
grande concentração populacional, esgotamento de rios e tratamento
insuficiente da água devolvida ao solo – causa extrema preocupação.
Em
2009, partes da cidade foram submetidas a racionamento de água após uma
forte seca; e autoridades ouvidas pela imprensa local afirmam que, no
ritmo atual, a cidade pode não ter água o suficiente em 2030.
Uma
aposta da Cidade do México são aquíferos identificados no ano passado,
cuja viabilidade está sendo estudada. Estão sendo perfurados poços para
não apenas confirmar a existência das fontes subterrâneas de água, mas
também avaliar sua qualidade para consumo humano.
Até 2016, as
autoridades dizem que será possível saber se os aquíferos serão ou não
uma alternativa de abastecimento para a megalópole. O problema, dizem, é
que a perfuração, a 2 km de profundidade, deve sair muito mais cara do
que perfurações de fontes mais próximas à superfície.
Para David
Barkin, professor da Universidade Autônoma Metropolitana na Cidade do
México e estudioso da questão da água, o plano mexicano pode não ser
concretizado por causa dos altos custos envolvidos na exploração do
aquífero.
Além disso, diz ele, a forma como as autoridades tratam
a água disponível atualmente é "obscena" - citando desperdícios,
construções residenciais em áreas que deveriam servir para armanezagem
de água natural e problemas de planejamento.
-É VIÁVEL EM SP?
Para Whately, o uso de água subterrânea já é uma realidade para
diversas cidades brasileiras, mas, por serem importantes reservas de
água para o futuro, seu uso deve ser racional. "Ainda temos pouco
conhecimento a respeito de nossos aquíferos. Eles precisam ser melhor
estudados e mais bem cuidados – por exemplo, há locais em que o uso de
agrotóxicos (no solo) pode prejudicá-los."
CIDADE DO CABO (ÁFRICA DO SUL) – GUERRA AO DESPERDÍCIO
Khayelitsha,
a 20 km da Cidade do Cabo, é uma das maiores "townships" (como são
chamadas as comunidades carentes sul-africanas) do país, com 450 mil
habitantes. No início dos anos 2000, uma investigação descobriu que
cerca de uma piscina olímpica era perdida por hora por causa de
vazamentos em sua rede de água.
A principal fonte de desperdício
eram os encanamentos domésticos, muitos dos quais deficientes e
incapazes de resistir alta à pressão de bombeamento da água.
Com
isso, aumentavam o consumo de água e também a inadimplência, já que
muitas pessoas não conseguiam pagar as contas mais caras. Além disso, a
Cidade do Cabo vive sob constante ameaça de falta d’água.
Um
projeto-piloto de US$ 700 mil, iniciado em 2001, funcionou em duas
frentes: a reforma de encanamentos ruins e a redução da pressão da água
fornecida ao bairro, para evitar os vazamentos.
Segundo um
relatório do governo da Cidade do Cabo, o projeto custou menos de US$ 1
milhão e o investimento foi recuperado em menos de seis meses.
Com
a iniciativa, aliada a uma campanha de conscientização para evitar
desperdícios, Khayelitsha conseguiu economizar 9 milhões de metros
cúbicos de água por ano, equivalente a US$ 5 milhões, segundo o
consórcio 2030 Water Resources.
- É VIÁVEL EM SP?
Para Whately, as perdas de água também são um "problema enorme" em São
Paulo. "Quase um terço da água é perdida (no caminho ao consumidor), o
que equivale a todo o volume do Guarapiranga e Alto Tietê juntos", diz.
"Em alguns casos, encanamentos antigos podem contribuir para isso. Seria
necessário mapear, com a ajuda das prefeituras, áreas onde há grandes
perdas de água e identificar os motivos."
Americanas, chinesas e britânicas preferem dormir ao invés de sexo. Pesquisa entrevistou 4,3 mil mulheres em agosto.
Um estudo revelou nesta quinta-feira (6) que entre 60% e 70% das
mulheres de Estados Unidos, Reino Unido e China estão satisfeitas com
sua vida sexual, mas preferem uma boa noite de sono a fazer sexo.
No Brasil, no entanto, apenas 32% das mulheres prefeririam dormir,
segundo a pesquisa, feita pela companhia americana de marketing e
relações públicas FleishmanHillard.
Esse dado contrasta com as preferências de chinesas (70% preferem o sono ao sexo), britânicas (68%) e americanas (60%).
Além disso, o estudo revelou que se americanas e britânicas tivessem
que optar entre abrir mão de fazer sexo ou deixar de usar tecnologia
durante três meses, a maioria deixaria de lado sua vida sexual.
Outras preferências sobre questões financeiras e qualidade de vida
foram mostradas nesse estudo, intitulado "Mulheres, Poder &
Dinheiro" que se baseou em 4,3 mil entrevistas realizadas em agosto de
2014 nos EUA, Reino Unido, Brasil e China.
Ao serem perguntadas sobre sua definição de sucesso, as mulheres
citaram com mais frequência a segurança financeira, a família e a
felicidade, ao invés da riqueza, do luxo e de se tornar uma executiva
brilhante.
Entre as opções sexo, poder e dinheiro, 80% das mulheres escolheram
dinheiro para garantir o futuro de sua família e, especialmente, fazer
com que seus filhos tenham acesso à universidade.
O estudo também mostrou que cerca de 90% das mulheres preferem viver
dez anos com uma boa qualidade de vida, do que 20 sem poder usufruir de
plena autonomia.
No entanto, curiosamente, a percepção da idade varia segundo os países.
Em média, britânicas, americanas e brasileiras acham que a 'velhice'
começa aos 70 anos, enquanto na China começa aos 59 anos para as
mulheres e aos 60 para os homens.
Além disso, o desejo das mulheres de ter privacidade nas redes sociais
supera, cada vez mais, o de compartilhar suas experiências na internet.
Dois terços de britânicas e americanas e 80% das brasileiras tomaram medidas específicas para proteger sua privacidade na rede.
De fato, em Reino Unido, Estados Unidos e China, um terço das mulheres
presta cada vez mais atenção ao que compartilham nas redes sociais,
enquanto no Brasil esse número chega a 61%.
Metade das mulheres que participaram do estudo, que têm idades entre 21
e 70 anos, disseram que presenciaram avanços socioeconômicos em sua
vida, enquanto 10% das entrevistadas afirmaram que seu status social
piorou.
Em relação ao futuro, a maioria o vê de forma positiva, com grandes
oportunidades e desafios no horizonte que podem ser aproveitados.
Em média, as mulheres de classe média acreditam que seria necessário um
aumento de cerca de 75% em sua renda para que possam ascender à classe
média alta, enquanto as mulheres deste último status social acreditam
que deveriam ter um patrimônio duas vezes maior para chegar à classe
alta.
Tricampeão mundial de Fórmula 1, Nelson Piquet não anda satisfeito com o
momento da categoria de elite do automobilismo mundial. Com
ultrapassagens facilitadas pela existência da asa traseira móvel e pouca
necessidade de os pilotos entenderem de mecânica, o brasileiro não
hesita em apontar sua época na categoria como melhor.
O apego a seu tempo é tanto, que até ao falar sobre o alemão Nico
Rosberg acaba dizendo sem querer o nome do pai, o finlandês Keke,
campeão do Mundial de 1982 e um de seus rivais. Para Piquet, o filho de
seu antigo adversário deve acabar com o vice-campeonato da temporada,
superado pelo britânico Lewis Hamilton.
Piquet compareceu a
Interlagos nesta quinta-feira para acompanhar o filho Pedro, de apenas
16 anos, e concedeu entrevista a um pequeno grupo de veículos. O jovem
piloto estreou no automobilismo em 2014 e já conquistou por antecipação a
temporada da Fórmula 3. Neste domingo, compete na Copa Porsche GT3
Challenge, preliminar do GP do Brasil.
A esperança de Piquet é
que Pedro continue evoluindo no automobilismo nacional antes de iniciar
carreira no exterior e então começar a traçar seu caminho até a Fórmula
1. Atualmente, o Brasil tem na categoria de elite do automobilismo
apenas Felipe Massa, piloto que, na visão do tricampeão mundial, caiu de
desempenho após grave acidente em 2009.
No treino
classificatório para o Grande Prêmio da Hungria daquele ano, Massa,
então piloto da Ferrari, foi atingido na cabeça por uma mola que se
soltou do carro de Rubens Barrichello. O brasileiro teve fratura
craniana, passou por cirurgia e chegou a ficar em coma induzido.
Como
você analisa a mudança de perfil do piloto de Fórmula 1? Antigamente
tinha que desenvolver o carro, entender de mecânica, e hoje em dia tudo é
mais simples, com telemetria, muitos engenheiros...
Nelson Piquet: É
a evolução da tecnologia, não tem jeito. Hoje em dia na Fórmula 1 você
está recebendo os dados nos boxes em tempo real. E na fábrica ao mesmo
tempo. Antes de o piloto abrir a boca, a equipe sabe o que está
acontecendo. É bem mais rápido. O piloto precisa ser rápido e não errar,
isso basta. Pode chegar lá um total imbecil, sem saber nem como
funciona o motor, mas se for rápido e não errar, faz o serviço dele.
O
público brasileiro é saudosista em relação à época de Emerson
Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna porque o Brasil ganhava
títulos. Hoje acha a categoria chata por causa da tecnologia e da falta
de vitórias nacionais. O piloto da Fórmula 1 atual, muitas vezes
rotulado como piloto de videogame, é pior do que os de antigamente? Piquet: O
cara podia ter o talento que fosse, mas se não conhecesse de mecânica e
não soubesse desenvolver o carro para o próximo ano e até para aquelas
corridas, ele perdia muito. Você não pode pegar um menino de 16, 17 anos
de agora e botar naquela época da F-1, porque não iria saber nem para
que lado o carro andava.
O uso da tecnologia te incomoda em algum outro setor?
Piquet:
O que não é legal é esse negócio de ‘vamos fazer uma corrida para o
público’. O cara está meio segundo atrás, abre a asa e passa. Acabou.
Ultrapassar e nada é a mesma coisa. Anda a 30km/h a mais na reta, passa o
cara e já era. Antes era tão bacana, você programava, entrava na reta
atrás do cara para ter a velocidade de entrar no vácuo, sair e passar o
cara. A técnica toda, isso e aquilo, acabou. Pior ainda é esse negócio
dos pneus. Às vezes está bom, às vezes não. Você vê um cara passando o
outro, de passagem. Pô, que é isso? Ah, porque o cara parou no boxe.
Meio confuso para mim. Eu acho uma m... do jeito que está. Não queria
correr em uma F-1 dessas. Gostava mais no meu tempo que tinha essa coisa
de ultrapassar.
Na sua época, desenvolvia-se um motor
por meses e havia evoluções no carro ao longo do ano. Hoje a F-1 evolui
em tecnologia, mas tem coisas que não podem ser desenvolvidas, como os
motores, que são ‘congelados’. Você acha isso ruim para a F-1?
Piquet: O
pior é fazer alguma coisa de tecnologia que facilite a ultrapassagem, a
competitividade entre um e outro na pista. Isso está errado. A evolução
da tecnologia é boa porque no fim usamos no carro de rua. Isso é
bacana. Tudo que é testado na Fórmula 1 vai para a rua, câmbio, dupla
embreagem. Não concordo com esse negócio de abrir asa, tirou um pouco...
E outra coisa também é a briga de pneu. Isso deveria ter. Não podia ser
uma marca só. É bacana e o desenvolvimento ajuda as fábricas a ter
compostos melhores. Se você deixar uma empresa só pagando o que tem que
pagar e fazendo o pneu que quiser...
Falta o desenvolvimento ao longo do ano? A possibilidade de mudança?
Piquet: O
problema todo não é esse. Se você inicia o ano e o negócio é congelado,
um cara que inicia mais forte vai ficar mais forte a competição
inteira. Isso está errado. O desenvolvimento deveria ser constante. Mas
aí custa mais caro, uns carros vão ter isso, outros não. É difícil fazer
um negócio que deixa todo mundo igual.
Você acha que o Felipe Massa se reencontrou na Williams agora longe do Alonso?
Piquet: A
experiência não é igual de uma pessoa para outra, mas bater a cabeça
muito forte... Você perde aquele último sentimento. E ele vinha muito
bem até ali. Depois do incidente, o negócio desandou. Você pode voltar
um pouco, mas é difícil. Quando eu bati em Ímola, para mim acabou.
Continuei ganhando dinheiro lá porque estava enrolando eles.
Foi campeão ainda...
Piquet: Ganhei um Mundial, é verdade. Mas viu como eu andava atrás dele
Você sofreu este acidente em Ímola em 1987 e mesmo assim foi campeão do Mundial, disse que levou na malandragem...
Piquet: Naquele ano.
Na Fórmula 1 de hoje existe a telemetria, não dá para esconder acerto de carro. Ainda dá para ser malandro?
Piquet: Se
o cara tiver uma cabeça fraca, até dá. Você pode provocar o cara. Na
pista eu nunca fiz, e nunca seria capaz de fazer, nada que alguém
pudesse falar alguma coisa, que provocasse acidente. Nunca provoquei
acidente para ganhar campeonato. Tudo o que ganhei foi limpo, vencendo
tudo. Agora, fora da pista, sim. Nos boxes, nos acertos, fiz de tudo
para ganhar do meu companheiro. Hoje a gente não sabe, talvez aconteça
lá dentro. O Vettel está comendo um pepino danado aí, não sei como,
porque o outro cara é novo, ele é tarimbado e não consegue guiar o
carro. A gente tinha que saber, mas estou muito longe. Até venho
conversar com o Lauda para ele me contar algumas coisas. Verstappen, que
ganhou tudo no kart lá fora, os caras vão lá e pegam. Andou de Fórmula 3
e ganhou com time pequeno? Os caras vão e te pegam. Na Fórmula 1 não
tem bobo, os caras são espertos.
A Fórmula 1 atual tem cinco campeões no grid. Quais pilotos você admira?
Piquet: Tem
vários aí. Hoje em dia só tem campeão, cara. Tem o Alonso, o Vettel. O
Ricciardo agora está andando pra cacete, o próprio Hamilton, o Keke
ganhou suas corridas, tem seu valor. Todo mundo aí. Não tem o que falar.
Agora, iguala por causa dos carros, acho que se os carros fossem mais
difíceis, quebrassem mais, o cara que quebrasse menos teria vantagem.
Você
conhece bastante o Bernie Ecclestone, que para muitos não tem um
sucessor claro. Tem gente que imagina até a categoria entrando em
colapso quando ele se aposentar. Você consegue pensar em alguém para
substituí-lo ou é preocupante?
Piquet: É preocupante. Eu
trabalhei com ele, estive na F-1 por 13 anos e depois acompanhei tudo.
Ele tem uma cabeça fantástica. Não só ganha muito dinheiro, como faz
todo mundo ganhar dinheiro. Vai ser muito difícil quando ele parar. Se
você soubesse como ele é rápido pensando, como é sharp.
Conversando, brincando, contando piada. É impressionante. Aprendi tanta
coisa com ele, de vida. Vou falar e você vai até rir, mas dois caras me
fizeram ver um outro nível de inteligência. Um é o Bernie. O outro, você
vai rir agora, é o Luiz Estevão. O cara é tão inteligente, mas é
doente. Se você conhecer ele bem, é uma inteligência impressionante. Se
usasse isso para o bem, seria presidente da República. O Bernie é desse
jeito, uma pessoa fora de série.
Para a sua vida empresarial, você aprendeu algo com o Bernie?
Piquet: Sem
dúvida. Não só com ele, mas com a Fórmula 1 toda. Trabalho em equipe,
início meio e fim. A largada é 12h, tem que estar tudo ponto às 12h.
Essas coisas você aprende com o esporte e usa no dia a dia do
empresário. Até meus 40 anos nunca trabalhei, nunca fiz porra nenhuma,
minha coisa era corrida. Mas o desenvolvimento de trabalhar na equipe,
saber como faz e organizar me ajudou na vida empresarial.
Último aumento dos combustíveis no País foi anunciado em 29 de novembro do ano passado
O preço da gasolina sobe 3% a partir desta sexta-feira (7). O anúncio do aumento foi divulgado na noite de quinta-feira (6),
pela Petrobras. Segundo comunicado, a alta, tanto da gasolina, quanto
do diesel (+ 5%), começa a valer nas refinarias a partir da 0h.
O reajuste já era esperado pelo mercado e deve dar algum alívio para o
caixa da estatal, além de pressionar os índices da inflação oficial, que
está 0,25% acima do teto da meta estabelecida pelo governo, de 6,5%.
A alta, que terá impacto nos preços da bomba de combustível, foi
divulgada após a Petrobras ter indicado que não havia decisão quanto ao
aumento de preços.
O último aumento dos combustíveis no País havia sido anunciado em 29 de
novembro do ano passado, quando a Petrobras elevou o preço da gasolina
nas refinarias em 4% e do diesel em 8%.
Para o economista sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flavio
Serrano, o impacto do aumento da gasolina na inflação oficial, medida
pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), não deve ser muito
alto, porque a alta de 3% vale apenas para a refinaria.
— Com esse aumento da gasolina, o IPCA deve fechar novembro com inflação em torno de 0,6%.
Segundo ele, há grandes chances de a inflação no ano passar do teto da
meta em 2014 — de 4,5% ao ano, com tolerância de 2 pontos percentuais
para cima ou para baixo —, mas vai depender ainda do que deve acontecer
em dezembro.
O último mês do ano, no entanto, costuma ter pressões de alimentos e
passagens aéreas. Então o cenário para inflação no fim do ano é ruim,
acrescentou ele.
No diesel, o impacto direto no IPCA é muito pequeno, segundo o economista, com maior efeito nos IGPs (Índices Gerais de Preço).
Fôlego
Os preços mais caros dos combustíveis devem dar ainda algum fôlego para
a empresa que tem um dos maiores planos de investimento do mundo
corporativo, com dívida crescente, fator que levou a agência de
classificação de risco Moody's a rebaixar o rating da estatal em
outubro.
A divisão de abastecimento da estatal tem acumulado perdas bilionárias
nos últimos anos por conta da defasagem de preços dos combustíveis
vendidos no Brasil em relação aos preços de importação.
Apenas recentemente, com a acentuada queda do petróleo e o impacto do
valor da commodity na cotação dos combustíveis no exterior, a defasagem
do preço foi sendo reduzida e, no caso da gasolina, até chegou a deixar
de existir.
Com o reajuste, a gasolina deverá ficar 4% mais cara no Brasil em
relação ao mercado externo, e o diesel vai ficar na paridade, segundo
cálculos do CDIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura). Antes do
reajuste, a gasolina estava cerca de 1% mais cara no Brasil e o diesel
em torno de 4% a 5% mais barato, segundo o centro.
URGENTE: ASSALTANTES DO BANCO DO BRASIL DE UAUÁ MORREM EM TROCA DE TIROS COM A PM
POLICIAL
31 de Outubro / 2014 às 09:22
Cinco dos dez meliantes que assaltaram ontem (30), a agência do Banco do Brasil em Uauá, ferindo quatro pessoas, foram presos e estão detidos na delegacia da cidade de Ibó. Dois, na troca de tiros com as diversas unidades da Polícia Militar, tombaram crivados de bala. A polícia continua as buscas para prender os outros três assaltantes.
A unidade da PM de Uauá nesta ação recebeu o apoio do CPRN, CICOM, Base da CIPE Caatinga e 5ª CIPM do 5º BPM/ Canudos para que se fizesse o cerco aos meliantes. Estão ainda envolvidas na perseguição aos marginais três guarnições da CIPE-Caatinga e três guarnições da 45ª CIPM/Curaçá.
No decorrer da nossa programação, mais informações.