A ida da presidente Dilma Rousseff (PT) ao município sertanejo de Serra Talhada, na tarde de ontem (14), culminou na inauguração de um trecho da Adutora do Pajeú que simplesmente não funciona como deveria e que, por isso, contradiz parte do discurso da petista sobre supostas melhorias na segurança hídrica da região. Um dia depois da visita da presidente, moradores de Afogados da Ingazeira, cidade beneficiária do projeto em questão, congestionaram os telefones da Rádio Pajeú, durante o programa de Nill Junior, para relatar problemas constantes de falta d’água na localidade.
De acordo com os relatos, apesar do discurso entoado pela presidente e corroborado pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), por meio do seu presidente, Roberto Tavares, de que os problemas desabastecimento nos dois municípios estaria próximo de ser solucionado com a inauguração da primeira etapa da adutora, a realidade é bastante diferente do quadro apresentado ontem.
Em alguns bairros, segundo a população afogadense, a falta de água nas torneiras chega a 35 dias. Em outros, os moradores convivem com o desabastecimento há pelo menos 25 dias. Entretanto, os pajeuzeiros afirmam que a Compesa nunca deixou de enviar contas, cobrando de uma população castigada pela seca um serviço que se nega entregar.
O clima nas cidades de Serra Talhada e Afogados da Ingazeira, hoje, é de desapontamento, tanto com o Palácio do Planalto quanto com a presidência da Compesa. Os moradores se questionam, até agora, onde está a tão propagada obra “que trará mais qualidade de vida aos sertanejos”, como frisou Fernando Lôbo em comunicado à imprensa enviado na noite de ontem.
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