segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Dilma vê núcleo de aliados na Câmara encolher de 17 para 8 partidos

Desde a posse da presidente, grupo de fieis escudeiros do governo na Casa perde integrantes, na medida em que legendas se preparam para 2014


Os partidos aliados da presidente Dilma na Câmara dos Deputados, um núcleo que já contou com 17 partidos, hoje têm apenas petistas e remanescentes de outras sete legendas. O esfacelamento deste núcleo de apoio do governo tem sido consistente, dificultando a aprovação de projetos do governo no Congresso.
Formado por parlamentares que votam com o governo em cerca de 90% das vezes, o núcleo de aliados do governo era integrado por 306 dos 513 deputados em 2011, ou seis em cada dez membros da Casa. Desde então, esse núcleo vem encolhendo, se resumindo hoje a apenas 101 deputados. Os dados são do Basômetro, ferramenta do Estadão que mede a taxa de governismo do Congresso.
Nove partidos abandonaram totalmente o apoio ao governo, sendo três de tamanho médio – PR, PSD e PSB -, e os demais da categoria “nanicos (PMN, PTC, PRTB, PT do B e PRB). O PMDB, principal aliado do PT no governo, tem hoje apenas quatro representantes no chamado 'núcleo duro' de apoio do governo na Câmara. Outros 63 peemedebistas abandonaram este grupo e agora se concentram na faixa que votam com o governo em pouco mais de metade das vezes.
Para agradar a base e tentar salvar o que restou do fieis escudeiros, Dilma acenou, na semana passada, com a abertura de cofres, determinando a liberação de R$6 bilhões em emendas parlamentares até o final do ano.
Ainda assim a estratégia pode não funcionar. A possibilidade de novas derrotas para o governo deve adiar a votação de temas polêmicos no Congresso. O esfacelamento do grupo fiel a Dilma se acelera no momento em que os partidos se preparam para medir forças nas eleições de 2014.

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