sábado, 6 de abril de 2013

Feliciano depõe no STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) vetou a presença do público e da imprensa no depoimento que o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP), prestará hoje à tarde na Corte. A ação penal, no entanto, não corre em segredo de Justiça. Relator do processo, o ministro Ricardo Lewandowski justificou que o interrogatório será fechado para preservar a tranquilidade do interrogado e, ainda, porque a sala de audiências do STF é pequena.
Em ocasiões anteriores, porém - como no depoimento da cantora mexicana Gloria Trevi, em 2001 e em interrogatórios do ex-presidente Fernando Collor e da ex-ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello, na década de 1990,o acesso de jornalistas foi autorizado pelo STF.
Inicialmente, a Secretaria de Segurança do STF havia proibido o acesso de jornalistas credenciados inclusive aos prédios anexos, onde está a sala de audiências. No entanto, o tribunal recuou e informou que os repórteres que cobrem as atividades diárias da Corte poderão circular pelas instalações, com exceção do local do depoimento. Manifestantes serão impedidos de ingressar na Corte.
"Precisamos preservar a mobilidade do acusado para permitir que o juiz instrutor realize o interrogatório com a maior tranquilidade possível. A sala de depoimentos é muito exígua, cabem juiz instrutor, promotor, as partes e os advogados. O depoimento dele vai ser filmado. A sala é mínima, não comporta a presença de ninguém", disse Lewandowski.
Estelionato
Marco Feliciano é acusado de estelionato. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul, antes de o pastor Feliciano ser eleito para a Câmara, ele teria fechado um contrato e recebido dinheiro para fazer um culto religioso ao qual não compareceu. A acusação aponta que o parlamentar ganhou a vantagem indevida R$ 13,3 mil, por ter induzido "a vítima a depositar a quantia supramencionada na conta bancária fornecida". A ação penal foi remetida ao Supremo depois que Feliciano foi eleito deputado. Segundo a assessoria do parlamentar, Feliciano devolveu o dinheiro aos contratantes. (Valor Econômico)

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